José Eduardo dos Santos aproveitou a abertura do VII Congresso do MPLA para lançar um aviso aos empresários que, nas suas palavras, "constituem ilicitamente as suas riquezas", beneficiando interesses estrangeiros e prejudicando o país e o Estado angolano.

Para o Presidente de Angola, é preciso distinguir o trigo do joio. De um lado, estão "os empresários com provas dadas em eficácia, responsabilidade e mais comprometidos com o futuro do país". Esses são os "bons patriotas", que "há que apoiar". Do outro lado, estão os "falsos empresários, que só contribuem para a sua [de Angola] dependência económica e política de círculos externos". Esses "supostos empresários" [...] "constituem ilicitamente as suas riquezas recebendo comissões a troco de serviços que prestam ilegalmente a empresários estrangeiros desonestos ou que façam essas fortunas à custa de bens desviados do Estado ou mesmo roubados", afirmou o chefe de Estado citado pelo site Rede Angola.

No seu discurso, em Luanda, José Eduardo dos Santos apontou ainda o dedo ao risco de acções subversivas. "Temos de ser capazes de prevenir eventuais acções subversivas para manter a nossa soberania, a paz e a estabilidade". Recentemente, o governo angolano esteve no centro de uma polémica à escala internacional pela prisão e condenação de um grupo de 16 activistas, entre os quais se destacou o rapper Luaty Beirão, acusados, em primeira instância, de atentar contra o Chefe de Estado e por constituírem uma associação de malfeitores.