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Isabel dos Santos diz que empréstimos da Unitel foram usados em aquisições
Empresária afirma que congelamento dos bens no Reino resulta apenas de uma "medida preventiva" e que a ação principal só irá ser julgada no início de 2024.
Os empréstimos da operadora angolana Unitel S.A. à Unitel International Holdings (UIH), de Isabel dos Santos, não foram autorizados exclusivamente pela empresária angolana. Esta versão dos factos é sustentada, em comunicado distribuído esta quinta-feira, 21 de dezembro, por fonte oficial ligada a Isabel dos Santos.
"Estes empréstimos foram objeto de uma aprovação colegial da assembleia geral de acionistas da Unitel S.A. em 2014, e foram igualmente assinados por três membros do conselho de administração", garante a referida fonte.
Esta é a resposta da empresária angolana a uma decisão do Tribunal Superior de Londres conhecida quarta-feira, 20 de dezembro. Esta instância validou o pedido da Unitel às autoridades do Reino Unido que congelassem 580 milhões de libras (672 milhões de euros) doa ativos de Isabel dos Santos.
A Unitel acusa Isabel dos Santos de, na qualidade de administradora da operadora, ter feito empréstimos à Unitel International Holdings, da qual era acionista, para financiar a aquisição de ações da primeira, no montante de 350 milhões de euros.
A empresária, na sua argumentação, garante que "o montante dos empréstimos concedidos pela Unitel S.A. à UIH r foi integral e unicamente usado para a aquisição das empresas Unitel T+ Cabo Verde, Unitel São Tomé e da participação na NOS Portugal. Isabel dos Santos nunca recebeu pagamentos, nem dividendos, e nem nunca usufruiu de salários da Unitel International Holdings BV".
Isabel dos Santos, através de fonte oficial, sublinha ainda que a ação cível que decorre no Tribunal Superior de Londres se refere apenas a "uma medida preventiva" e que "a ação principal na qual serão analisados estes e outros factos deverá ter início em 2024".