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Grupo português na assessoria técnica das três principais barragens angolanas

As três principais barragens de Angola, incluindo a futura de Caculo Cabaça, todas no rio Kwanza, contam com a assessoria técnica da Coba, disse à Lusa o vice-presidente daquele grupo português, Victor Carneiro.

10 de Maio de 2017 às 19:22
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De acordo com o administrador, a Coba desenvolveu, assessorou e supervisionou os projectos relacionados com a execução da segunda central hidroelétrica na barragem de Cambambe, por 31 milhões de euros, e em consórcio (que lidera) na barragem de Laúca, neste caso por 100 milhões de euros.

 

"É um orgulho enorme para a Coba estar nestes projectos, que envolvem também construtoras de dimensão tão grande", apontou Victor Carneiro, em declarações à Lusa.

 

Genericamente, a empresa é responsável por desenvolver os projetos destes aproveitamentos hidroelétricos, que servem depois para a abertura dos concursos públicos de construção, fiscalizando de seguida a empreitada, em nome do detentor da obra.

 

Com cerca de 100 trabalhadores na Coba Angola, a empresa está desta forma envolvida directamente nas duas empreitadas, ambas com a construção para o Estado angolano a cargo dos brasileiros Odebrecht e com inauguração prevista para este ano.

 

No caso de Laúca (Malanje), a barragem permitirá gerar 2.070 MW de eletricidade, enquanto a segunda central, instalada em Cambambe (Kwanza Sul), garantirá a injecção de mais 520 MW na rede eléctrica nacional.

 

Conforme a Lusa noticiou esta quarta-feira, e confirmado igualmente por Victor Carneiro, o grupo português Coba vai ainda assessorar tecnicamente o projecto de construção da barragem de Caculo Cabaça, que será a de maior potência em Angola, obra avaliada em mais de 4,5 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros).

 

A autorização para a contratação da Coba Consultores de Engenharia e Ambiente SA foi feita por despacho assinado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, de 25 de Abril, e ao qual a Lusa teve hoje acesso, estando o contrato avaliado em 37,3 milhões de euros.

 

Visa a contratação dos serviços da empresa portuguesa de capitais angolanos para "consultoria, assessoria técnica na análise e aprovação do projecto de execução da empreitada para construção, fornecimento, montagem e comissionamento dos equipamentos eletromecânicos" da barragem de Caculo Cabaça.

 

O Banco Comercial e Industrial da China vai financiar o Estado angolano para a construção desta nova barragem.

 

Em Maio de 2016, questionado pela Lusa, o ministro da Energia e Águas de Angola garantiu que a construção da nova barragem de Caculo Cabaça, na bacia do médio Kwanza, a de maior potência eléctrica no país, arrancará "em breve" e vai permitir exportar eletricidade angolana.

 

João Baptista Borges destacou tratar-se de um "grande projecto" nacional para Angola atingir a meta de 9.000 MW de capacidade instalada em todo o país até 2025.

 

Só esta barragem, que o Governo angolano contratou há praticamente dois anos ao consórcio chinês CGGC (China Gezhouba Group Corporation) & Niara Holding, por 4.532 milhões de dólares (4,1 mil milhões de euros), vai permitir produzir 2.171 MW de energia eléctrica.

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