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Finanças angolanas garantem que todas as práticas de corrupção vão ser reprimidas

Archer Mangueira, ministro das Finanças angolano, assegura que o Governo "vai reprimir todas as práticas de corrupção" e diz que a meta de crescimento do PIB em 2018 é "ambiciosa".

Celso Filipe cfilipe@negocios.pt 16 de Fevereiro de 2018 às 11:19

O ministro das Finanças de Angola, Archer Mangueira, diz que o Governo vai "reprimir todas as práticas de corrupção" e classifica o Orçamento do Estado (OE) para 2018 como "ambicioso".

Archer Mangueira, em entrevista ao Jornal de Angola, publicada esta sexta-feira, 16 de Fevereiro, refuta a acusação do líder da bancada parlamentar da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, segundo o qual este OE paga "canais de corrupção".

"Isso é completamente falso. A execução do Orçamento usará de todos os mecanismos administrativos, legais e – se necessário – judiciais para reprimir todas práticas que lesem o interesse dos cidadãos e do Estado, sejam elas o peculato, a corrupção ou quaisquer outras. Adicionalmente, o Ministério das Finanças vai adoptar um conjunto de medidas que visam a melhoria da qualidade da despesa, das quais destaco o reforço do controlo interno da execução da despesa, para evitar que despesas sejam comprometidas fora do Orçamento", afirma o ministro das Finanças. 

Na entrevista, o ministro das Finanças explica também os pressupostos que o Governo usou para fixar em 4,9% o crescimento do PIB para este ano. A "previsão baseia-se num crescimento do sector do petróleo e do gás de 6,1% e num crescimento do sector não petrolífero de 4,4%", sublinha Archer Mangueira, acrescentando que esta meta "é ambiciosa, mais do que optimista". A Economist Intelligence Unit (EIU), por exemplo, prevê para Angola um crescimento do PIB não superior a 3% durante o ano em curso.

Archer Mangueira deixa ainda uma palavra para os credores de Angola, assegurando que o Estado tudo fará para "honrar os seus compromissos" e numa mensagem aos investidores, sublinha que o Governo "fará o esforço necessário para alavancar o crescimento económico, executando os investimentos que estão previstos nas infra-estruturas e nos sectores que são críticos".

O Governo angolano planeia investir, durante 2018, 650 milhões de euros em infra-estruturas, através do chamado Programa de Investimentos Públicos (PIP). Este instrumento financia as obras públicas recorrendo para tal a linhas de crédito externas.

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