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Angola vende gás natural à francesa EDF

A fábrica Angola LNG assinou um contrato para fornecer este ano gás natural à EDF. A Angola LNG está paralisada desde Abril de 2014, devido a um incêndio.

24 de Março de 2016 às 09:56
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A fábrica Angola LNG, instalada no Soyo, norte do país, vai começar a fornecer este ano carregamentos de gás natural liquefeito (LNG) ao grupo EDF, o maior produtor de energia eléctrica do mundo.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pela empresa angolana que, em comunicado enviado à agência Lusa, explica que subscreveu um "acordo flexível" com a EDF Trading (EDFT), uma subsidiária integralmente detida pela EDF, para venda e entrega no destino de carregamentos de gás a partir da fábrica do Soyo.

O acordo de venda abrange a entrega de vários carregamentos a partir de 2016 e vigorará até 2018, anunciou a administração da fábrica angolana, que representou um investimento privado de dez mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros).

"Este é um marco importante para a Angola LNG, na medida em que se aproxima a sua reentrada no mercado", admitiu o presidente executivo da Angola LNG marketing, Artur Pereira.

De acordo com a empresa angolana, a EDF Trading é um dos principais intervenientes mundiais no mercado de LNG e tem contratos-programa firmados "com todos os principais intervenientes do mercado".

Angola é o segundo maior produtor de petróleo da África subsariana, mas o gás associado tem sido queimado ou reinjectado nos poços.

O ministro dos Petróleos de Angola anunciou este mês que o projecto Angola LNG, de produção de gás natural, deverá começar a retomar a laboração em Abril, com o início de testes dos equipamentos.

A execução do projecto foi suspensa em 2014 devido a um incêndio num dos gasodutos do sistema de queima de gás, mas Botelho de Vasconcelos disse que, segundo informações do consórcio, o projecto poderá iniciar a sua produção regular a partir de Julho.

Instalada no Soyo, província do Zaire, no norte de Angola, a fábrica encontra-se paralisada desde 10 de Abril de 2014, tendo sido lançada uma intervenção de reabilitação na unidade.

O nível projectado de produção e processamento da unidade é de cerca de 5,2 milhões de toneladas de LNG por ano, além de propano, butano e condensados, mas a laboração foi então suspensa.

Lançado em 2007 para aproveitar o gás natural resultante da exploração petrolífera, o projecto reúne, além da Chevron (36,4%), a angolana Sonangol (22,8%), a britânica BP Exploration (13,6%), a italiana Eni (13,6%) e a francesa Total (13,6%).

 

A capacidade de produção da Angola LNG envolve ainda 125 milhões de metros cúbicos de gás natural para consumo doméstico e tem uma frota dedicada de sete navios tanque e três cais de carregamento.

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