Notícia
Angola pode crescer 3% mesmo com a economia a cair no primeiro trimestre
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,4%, tendo registado uma melhoria de 0,2% face ao último trimestre do ano passado.
18 de Julho de 2021 às 09:56
O gabinete de estudos económicos do Banco Fomento Angola projetou um crescimento para a economia angolana de 2 a 3% já este ano, salientando que a redução da atividade económica apontada pelo INE resulta de um efeito contabilístico.
"A nossa expectativa para 2021 é de um crescimento sustentado na atividade económica não petrolífera, começando-se a verificar de modo gradual alguns efeitos de diversificação económica", escrevem os analistas, numa nota sobre os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, que dão conta de uma queda de 3,4% no primeiro trimestre face ao homólogo de 2020, e de uma subida de 0,2% face ao trimestre anterior.
"Face às previsões do Governo e do FMI, estamos cautelosamente mais otimistas", apontam os analistas na nota enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, na qual estimam um crescimento do PIB entre 2 e 3% já este ano.
No documento, os analistas explicam que a queda do PIB é originada pela "variação do volume produzido de crude, que, por efeito contabilístico, leva a uma quebra na atividade económica medida, apesar do muito significativo aumento de receitas que deverá ocorrer este ano, por via de preços mais elevados".
Este método, explicam, "implica que, apesar de um claro aumento das receitas petrolíferas este ano devido ao enorme crescimento do preço (para as empresas, em termos fiscais, e na disponibilidade de divisas), a contabilização para efeitos de PIB será sempre negativa porque o volume, em barris, do crude exportado, está em queda".
Ainda assim, alertam, a melhoria no crescimento da economia angolana só chegará à população se o efeito for prolongado no tempo.
"Porém, há que reafirmar que o crescimento sustentado terá efeitos na pobreza e dificuldades económicas da população apenas se permanecer por bastantes trimestres", afirmam, concluindo: "Trata-se de um início auspicioso, mas ainda de um início".
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,4%, tendo registado uma melhoria de 0,2% face ao último trimestre do ano passado.
"O Produto Interno Bruto (PIB) em volume encadeado do primeiro trimestre de 2021 em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, ajustado sazonalmente, registou uma queda de 3,4% e, em comparação com o trimestre anterior (quarto trimestre de 2020) registou um crescimento de 0,2%", lê-se no documento disponível no site do INE angolano.
De acordo com o relatório, "o desempenho das atividades económicas no primeiro trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre de 2020, em termos de variação negativa, é atribuído fundamentalmente às atividades de Construção (-31,5%), Extração e Refinação de Petróleo (-18,6%); Transporte e Armazenagem (-15,6), Serviços de Intermediação Financeira (-9,9) e Correios e Telecomunicações (-5,8%)".
O Governo de Angola prevê que a economia do país saia este ano da recessão que enfrenta desde 2016, registando um ligeiro crescimento de 0,1%, ao passo que o Fundo Monetário Internacional antecipa uma recuperação de 0,4%.
"A nossa expectativa para 2021 é de um crescimento sustentado na atividade económica não petrolífera, começando-se a verificar de modo gradual alguns efeitos de diversificação económica", escrevem os analistas, numa nota sobre os últimos números do Instituto Nacional de Estatística, que dão conta de uma queda de 3,4% no primeiro trimestre face ao homólogo de 2020, e de uma subida de 0,2% face ao trimestre anterior.
No documento, os analistas explicam que a queda do PIB é originada pela "variação do volume produzido de crude, que, por efeito contabilístico, leva a uma quebra na atividade económica medida, apesar do muito significativo aumento de receitas que deverá ocorrer este ano, por via de preços mais elevados".
Este método, explicam, "implica que, apesar de um claro aumento das receitas petrolíferas este ano devido ao enorme crescimento do preço (para as empresas, em termos fiscais, e na disponibilidade de divisas), a contabilização para efeitos de PIB será sempre negativa porque o volume, em barris, do crude exportado, está em queda".
Ainda assim, alertam, a melhoria no crescimento da economia angolana só chegará à população se o efeito for prolongado no tempo.
"Porém, há que reafirmar que o crescimento sustentado terá efeitos na pobreza e dificuldades económicas da população apenas se permanecer por bastantes trimestres", afirmam, concluindo: "Trata-se de um início auspicioso, mas ainda de um início".
De acordo com as Contas Nacionais Trimestrais, divulgadas esta semana pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola, o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 3,4%, tendo registado uma melhoria de 0,2% face ao último trimestre do ano passado.
"O Produto Interno Bruto (PIB) em volume encadeado do primeiro trimestre de 2021 em comparação ao primeiro trimestre do ano anterior, ajustado sazonalmente, registou uma queda de 3,4% e, em comparação com o trimestre anterior (quarto trimestre de 2020) registou um crescimento de 0,2%", lê-se no documento disponível no site do INE angolano.
De acordo com o relatório, "o desempenho das atividades económicas no primeiro trimestre de 2021 em relação ao primeiro trimestre de 2020, em termos de variação negativa, é atribuído fundamentalmente às atividades de Construção (-31,5%), Extração e Refinação de Petróleo (-18,6%); Transporte e Armazenagem (-15,6), Serviços de Intermediação Financeira (-9,9) e Correios e Telecomunicações (-5,8%)".
O Governo de Angola prevê que a economia do país saia este ano da recessão que enfrenta desde 2016, registando um ligeiro crescimento de 0,1%, ao passo que o Fundo Monetário Internacional antecipa uma recuperação de 0,4%.