Notícia
Activista Luaty Beirão diz que Presidente de Angola "já fez uma revolução" no país
O activista angolano Luaty Beirão admitiu, na segunda-feira à noite, estar "agradavelmente surpreso" com as mudanças que estão a acontecer em Angola, afirmando que o Presidente João Lourenço "já fez uma revolução" no país.
21 de Novembro de 2017 às 07:07
"Se o João Lourenço morresse hoje e tivéssemos que avaliar só estes cerca de 50 dias que ele está na governação, eu diria que ele já fez uma revolução. O que este senhor está a fazer está a deixar-nos aturdidos e positivamente expectantes", disse Luaty Beirão, referindo-se à remodelação que o Presidente angolano tem feito em importantes cargos.
Luaty Beirão, activista e 'rapper', falava durante uma tertúlia que contou com a participação do músico Pedro Abrunhosa, na abertura da oitava edição do Festival Sons em Trânsito, que decorre até 25 de Novembro, em Aveiro.
Desde que tomou posse, a 26 de Setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos sectores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.
A exoneração de Isabel dos Santos, filha do ex-chefe de Estado, do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, aconteceu na quarta-feira passada e foi a decisão mais mediática.
Perante uma plateia de cerca de uma centena de pessoas, Luaty Beirão disse que ninguém contava que o novo Presidente angolano fosse "tão rapidamente mexer nos interesses instalados da família que durante 38 anos teceu a sua teia de interesses".
"Não conhecemos, nem na oposição, alguém que tenha este ímpeto de em tão pouco tempo pôr as coisas dentro do eixo. Deduzo que se fosse a oposição a ganhar, eles iam ser muito mais cautelosos para não parecer uma caça às bruxas", disse.
O luso-angolano referiu que a cada dia que passa chegam notícias que dão a esperança de um "cenário diferente" em Angola, mas não esquece que é preciso fazer reformas importantes, como rever a Constituição, reintroduzir a eleição directa do chefe de Estado e retirar poderes ao Presidente.
Considerado um dos rostos mais mediáticos da contestação à liderança de José Eduardo dos Santos, Luaty disse sentir-se orgulhoso de ter participado neste processo e deixou um desafio aos angolanos para serem mais interventivos.
"Há expectativa para o que vem a seguir, mas não podemos ficar só a olhar à espera que ele [João Lourenço] faça tudo. Temos que ser também participativos e mostrar para onde queremos que as coisas se conduzam", concluiu.
Luaty Beirão, activista e 'rapper', falava durante uma tertúlia que contou com a participação do músico Pedro Abrunhosa, na abertura da oitava edição do Festival Sons em Trânsito, que decorre até 25 de Novembro, em Aveiro.
A exoneração de Isabel dos Santos, filha do ex-chefe de Estado, do cargo de presidente do conselho de administração da petrolífera estatal Sonangol, aconteceu na quarta-feira passada e foi a decisão mais mediática.
Perante uma plateia de cerca de uma centena de pessoas, Luaty Beirão disse que ninguém contava que o novo Presidente angolano fosse "tão rapidamente mexer nos interesses instalados da família que durante 38 anos teceu a sua teia de interesses".
"Não conhecemos, nem na oposição, alguém que tenha este ímpeto de em tão pouco tempo pôr as coisas dentro do eixo. Deduzo que se fosse a oposição a ganhar, eles iam ser muito mais cautelosos para não parecer uma caça às bruxas", disse.
O luso-angolano referiu que a cada dia que passa chegam notícias que dão a esperança de um "cenário diferente" em Angola, mas não esquece que é preciso fazer reformas importantes, como rever a Constituição, reintroduzir a eleição directa do chefe de Estado e retirar poderes ao Presidente.
Considerado um dos rostos mais mediáticos da contestação à liderança de José Eduardo dos Santos, Luaty disse sentir-se orgulhoso de ter participado neste processo e deixou um desafio aos angolanos para serem mais interventivos.
"Há expectativa para o que vem a seguir, mas não podemos ficar só a olhar à espera que ele [João Lourenço] faça tudo. Temos que ser também participativos e mostrar para onde queremos que as coisas se conduzam", concluiu.