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Tomás Correia: “Estou tranquilo relativamente ao desfecho” das acusações
António Tomás Correia rejeita qualquer envolvimento com a Operação Marquês, considerando que as notícias que envolvem o seu nome e investigações judiciais estão relacionadas com a realização da assembleia geral da Associação Mutualista que decorre esta quinta-feira.
Tomás Correia emitiu um comunicado onde reage às notícias sobre estar a ser investigado por suspeitas de ter recebido 1,5 milhões para aprovar operações de financiamento, um valor alegadamente pago pelo construtor civil José Guilherme, que se tornou conhecido por ter dado uma prenda de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, então presidente do Banco Espírito Santo.
O responsável, actual presidente da Associação Mutualista reagiu em comunicado: "Desminto categoricamente qualquer envolvimento com a referida Operação Marquês, não estando constituído como parte no citado processo."
E diz não ser "difícil contextualizar as notícias agora veiculadas, em véspera de realização da Assembleia Geral do Montepio Geral Associação Mutualista, a qual presido por mandato que me foi confiado pelos senhores associados para o triénio 2016-2018."
Tomás Correia reitera assim o que já tinha garantido: "Se alguma vez se colocar a possibilidade de transitar em julgado algo a meu desfavor, em qualquer tribunal, por quaisquer actos ilícitos, abdicarei do exercício das minhas funções. Estou profundamente convicto e seguro de que isso não vai acontecer. Estou tranquilo relativamente ao desfecho destas, e de outras acusações que me foram dirigidas."
O "Diário de Notícias" noticiou esta quarta-feira que o Ministério Público suspeita de que, além de Salgado e Vara, outras pessoas com responsabilidades na banca terão recebido comissões ilegais na concessão de crédito bancário. Estas suspeitas levaram mesmo a que fosse extraída uma certidão à Operação Marquês que deu origem a uma nova investigação.
A TVI e a SIC avançaram com um nome: António Tomás Correia. O ex-presidente do Montepio estará assim a ser investigado num processo que nasceu da Operação Marquês.
Em causa estará um pagamento que o antigo responsável do banco Montepio recebeu, no valor de 1,5 milhões de euros, alegadamente paga pelo construtor civil José Guilherme, que se tornou conhecido por ter dado uma prenda de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, então presidente do Banco Espírito Santo. Este processo já tinha sido noticiado pelo Expresso em Janeiro, não se sabendo na altura que este caso tinha sido extraído da Operação Marquês, que têm José Sócrates no centro da investigação.