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Amadeu Guerra: “Sou defensor de uma actuação discreta e assim pretendia continuar”

O novo director do DCIAP tomou hoje posse e avisou que pretende manter-se distante dos holofotes.

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11 de Março de 2013 às 14:02
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“Sou defensor de uma actuação discreta e assim pretendia continuar”, afirmou hoje Amadeu Guerra, o novo responsável pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), no seu discurso de tomada de posse.

 

Amadeu Guerra, que sucede à mediática Cândida Almeida, disse, no entanto, estar “consciente de que a direcção do DCIAP tem, pela natureza das funções, uma certa notoriedade pública, na medida em que aqui são investigados processos de especial complexidade e de relevância social”.

 

Num discurso também ele discreto, Amadeu Guerra  optou por citar Joana Marques Vidal, a Procuradora Geral da República (PGR), que, no seu próprio discurso de posse, afirmara que vivemos hoje “uma crise de credibilidade e de confiança que abala o sistema judicial”. Essa descrença, sublinhou, o novo director do DCIAP, “só pode ser minorada, no que aos magistrados do Ministério Público diz respeito, se desempenharmos a nossa função com competência técnica, rigor, capacidade e isenção, independência e coragem”.

 

“Não foi fácil para mim aceitar este cargo na medida em que representa, sem dúvida, o maior desafio da minha carreira de mais de 30 anos”, declarou o magistrado, salientando estar “consciente das dificuldades” que irá encontrar.

 

A Cândida Almeida deixou também uma referencia, lembrando que foi sua coordenadora no Tribunal do Trabalho de Lisboa em meados dos anos 80.

 

A directora cessante do DCIAP foi igualmente lembrada por Joana Marques Vidal. “A magistratura portuguesa deve-lhe um forte reconhecimento pela forma empenhada como, ao longo da vida, vem exercendo as suas funções e pelo importante papel que desempenhou, não só na sua qualidade de primeira mulher magistrada do MP, mas também enquanto titular de complexos e importantes processos crime”, afirmou.

 

“Sabendo como lhe são caros os valores do Estado de Direito e da democracia e do espírito de serviço à causa pública, alheios a qualquer sentimento de propriedade vitalícia por parte dos titulares de cargos de direcção, penso que concordará comigo que a mudança de pessoas que ocupam tais funções constitui factor essencial do normal funcionamento de qualquer instituição, reflectindo um sinal inequívoco da sua vitalidade”, rematou a PGR, dirigindo-se ainda a Cândida Almeida.

 

Cândida Almeida que, segundo adianta hoje o Jornal de Notícias, deverá ser colocada no Supremo Tribunal de Justiça.

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