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Sócrates processa o Estado por violação de prazos legais  

José Sócrates apresentou hoje uma acção contra o Estado no Tribunal Administrativo de Lisboa por violação dos prazos máximos legais do inquérito da Operação Marquês, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

O antigo primeiro-ministro José Sócrates lamentou a morte do 'grande companheiro político e amigo' Mário Soares, que classificou de 'dirigente político carismático' que 'ficará para a História'. José Sócrates salientou, em declarações à SIC, a 'vida política tão rica e diversificada' de Mário Soares, recordando-o como um dos 'grandes combatentes pela liberdade e pela democracia' em Portugal.
Sócrates lembrou ainda a forma como Mário Soares enfrentou a ditadura, sofrendo a 'prisão, o exílio e o desterro' antes do seu regresso triunfal após o 25 de Abril.
Além de 'combatente pela liberdade', Sócrates disse que Mário Soares deve ser recordado como o político da 'reconciliação', mormente depois da primeira vitória nas eleições presidenciais em que o país 'estava tão dividido'.
'O país estava tão dividido e ele apaziguou o país', sublinhou Sócrates, acrescentando que esses e outros factos transformaram Mário Soares num dos 'políticos portugueses mais influentes' e também num dos 'grandes políticos europeus'.
Em termos pessoais, Sócrates classificou Mário Soares como um 'grande companheiro político e amigo', observando que 'ficará para sempre no coração' a atitude e o apoio que lhe prestou nos últimos tempos.
'O que ele fez por mim nos últimos tempos ficará para sempre no coração', disse Sócrates, que chegou a estar preso preventivamente na cadeia de Évora no âmbito da 'Operação Marquês', tendo, na altura, recebido a visita de Mário Soares.
Sócrates disse ainda recordar ainda Mário Soares como 'um homem de espírito, bom companheiro e divertido', que 'tinha muitos amigos', de diversos quadrantes políticos. Nas suas palavras, foi um 'querido amigo que o inspirou e motivou' e que deixa um legado de alguém que sempre combateu com convicção e determinação.
03 de Fevereiro de 2017 às 19:48
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José Sócrates apresentou hoje uma acção contra o Estado no Tribunal Administrativo de Lisboa por violação dos prazos máximos legais do inquérito da Operação Marquês, disse à Lusa fonte ligada ao processo. 

 

Está marcada para hoje às 20:00 uma conferência de imprensa com a presença do antigo primeiro-ministro e dos seus advogados de defesa. 

 

José Sócrates esteve preso preventivamente mais de nove meses e está indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.

 

Dois anos após o início do inquérito, que a 20 de Novembro de 2014 produziu as primeiras detenções, a investigação do Ministério Público continua sem que exista acusação ou arquivamento, estando prevista uma decisão do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) para 17 de Março.

 

A notícia da acção foi avançada pela Sic Notícias

 

 

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