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PGR confirma dois inquéritos a antiga empresa de Passos Coelho

A Tecnoforma está a ser investigada em dois inquéritos, um deles no DIAP de Coimbra e outro no DCIAP, avançou a PGR. “Tais inquéritos não correm, até à data, contra pessoa determinada”, adianta ainda Joana Marques Vidal.

22 de Fevereiro de 2013 às 19:17
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A Procuradoria-Geral da República confirmou esta sexta-feira, 22 de Fevereiro, que há dois inquéritos a decorrer sobre a Tecnoforma, empresa de que Pedro Passos Coelho foi consultor e administrador antes de ser primeiro-ministro.

 

“Relativamente a actividades da empresa ‘Tecnoforma’, correm termos dois inquéritos em segredo de justiça - um inquérito no DIAP [Departamento de Investigação e Acção Penal] de Coimbra e outro no Departamento Central de Investigação e Acção Penal [DCIAP]”, avançou a procuradora-geral da República, Joana Marques Vidal, em comunicado remetido pelo seu gabinete.

 

Na mesma declaração, a PGR salienta que, até à data, estes inquéritos “não correm contra pessoa determinada”.

 

A declaração de Joana Marques Vidal é difundida dois dias depois de o “Correio da Manhã” ter avançado que decorreriam, precisamente, dois inquéritos à actividade da Tecnoforma.

 

Embora a PGR não confirme o teor dos inquéritos por se encontrarem em segredo de justiça, o “Correio da Manhã” avançava, na quarta-feira, que o inquérito a decorrer em Coimbra estava relacionado com a entrega de 1,2 milhões de euros a um projecto destinado a dois heliportos e seis aeródromos. Foi o “Público” que noticiou, no ano passado, este investimento público que pretendia formar centenas de trabalhadores destinados a pistas de aviação da região centro, pistas que empregavam apenas dez pessoas.

 

Já o outro processo, o que decorre no DCIAP, estará, de acordo com o “Correio da Manhã”, relacionado com as acções de formação financiadas pelo programa comunitário Foral. Em Outubro do ano passado, o “Público” escrevia que a Tecnoforma era a empresa que dominava o programa de formação profissional destinado a funcionários autárquicos, o Foral, que estava sob a tutela de Miguel Relvas, actual ministro Adjunto de Passos Coelho. O jornal contou, nessa altura, que 82% das candidaturas aprovadas em 2003 a empresas privadas na região Centro, enquadradas no Foral, pertenciam à Tecnoforma. O DCIAP, que investiga esta actividade da empresa, era liderado por Cândida Almeida mas Joana Marques Vidal abriu um inquérito à procuradora e não vai renovar o seu mandato. 

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