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Operação Fizz: Tribunal insiste em ouvir presencialmente presidente do BPA

Os juízes do processo 'operação Fizz' consideram imprescindível ouvir presencialmente o presidente do Banco Privado Atlântico (BPA), Carlos Silva, e recusam que seja inquirido no consulado de Portugal em Angola.

Lusa 27 de Fevereiro de 2018 às 19:17

No início da 20ª sessão de julgamento, o presidente do colectivo, Alfredo Costa, disse que teve conhecimento verbal de que o banqueiro luso-angolano se mostrou disponível para ser inquirido no consulado português em Angola, mas lembrou que essa audição não seria presencial e continuou a defender que é imprescindível a sua presença no Campus de Justiça. 

 

O tribunal reservou os dias 6, 7 e 8 de Março para ouvir Carlos Silva (na foto), mas até ao momento não obteve resposta.

 

Sobre a hipótese avançada por Carlos Silva de ser questionado por videoconferência em sua casa em Luanda, o tribunal já tinha recusado.

 

O presidente do BPA e administrador não executivo do Millennium BCP foi indicado por arguidos no processo 'Operação Fizz' como tendo sido o responsável pela contratação do ex-procurador do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) Orlando Figueira para trabalhar na banca privada.

 

À semelhança do tribunal, Carla Marinho, advogada de Orlando Figueira, já defendeu publicamente que Carlos Silva devia ser interrogado presencialmente na sala de audiências.

 

Entretanto, na sessão de hoje a testemunha arrolada foi Angélica Conchinha uma jurista da Ifogeste e da sociedade Primagest, uma alegada subsidiária da Sonangol, da qual foi representante fiscal em Portugal.

 

A Ifogest era uma empresa, disse, que prestava serviços ao BPA e apesar de conhecer Carlos Silva não se apercebeu da ligação do banqueiro com Manuel Vicente.

 

Segundo a acusação, Angélica Conchinha, via Primagest, que terá efectuado transferências consideradas suspeitas para Orlando Figueira.

 

O processo 'Operação Fizz', relacionado com corrupção e branqueamento de capitais, envolve o antigo presidente da Sonangol e ex-vice-presidente de Angola Manuel Vicente que, num processo entretanto separado, é acusado de ter pago ao ex-procurador Orlando Figueira 760 mil euros para que este arquivasse inquéritos do DCIAP em que era visado, designadamente na aquisição de um imóvel de luxo no edifício Estoril-Sol.

 

Além de Orlando Figueira, estão em julgamento o advogado Paulo Blanco (mandatário do Estado angolano em diversos processos judicias) e Armindo Pires, amigo de longa data e homem de confiança de Manuel Vicente em Portugal.

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