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"Offshores" de Rendeiro tinham Júdice como representante legal

José Miguel Júdice era o representante legal de duas sociedades "offshore" criadas pelo antigo presidente do Banco Privado Português, noticiou o Expresso, com base nos documentos do Panama Papers.

José Miguel Júdice é o 28.º Mais Poderoso 2015
O caso BES colocou a sociedade de José Miguel Júdice no centro do poder. A PLMJ defende, de forma indirecta, os interesses dos credores da ESFG e da Rioforte ao representar os administradores de insolvência. Sem estar envolvido directamente nos casos, a reentrada de Júdice na lista é também a imagem da era de poder dos advogados que se reforçou com os mediáticos e poderosos casos de justiça do último ano e meio. O seu poder, que parecia adormecido ou até perdido, renasce em força e com semelhanças. Basta estar atento às mais  recentes intervenções públicas.
Negócios 19 de Abril de 2016 às 19:30
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O antigo bastonário da Ordem dos Advogados, José Miguel Júdice, teve um papel central em duas sociedades "offshore" constituídas por João Rendeiro, a Penn Plaza Management e a Corbes Group.

 

A notícia é avançada pelo Expresso, que dá conta que na semana passada Júdice tinha afirmado ao semanário que nunca tinha constituído um "offshore".

 

O jornal cita uma carta de Rendeiro à sociedade de advogados PLMJ, que tem Júdice como destinatário e onde o presidente do BPP assume "de forma irrevogável e sem reservas a obrigação de pagamento e/ou de reembolso por si, ou através de qualquer entidade, ou sociedade da qual seja beneficiário efectivo, de quaisquer quantias que venham a ser exigidas, seja a que título for, ao Dr. José Miguel Alarcão, Júdice, enquanto representante legal das sociedades Corbes Group LLC e Penn Plaza Management LLC".

 

O documento foi obtido através da investigação Panama Papers, que mostra que o nome de Júdice constava na base de dados da Mossack Fonseca desde 2007.

 

Uma das sociedades "offshore" em causa foi utilizada para adquirir o lote 80 da Quinta Patino, onde Júdice tem a sua casa. O imóvel foi arrestado pela justiça.

 

Em declarações ao Expresso, Júdice reitera não estar envolvido. "Que me lembre, e tenho boa memória, nunca soube que me tinham sido conferidos tais poderes, nunca os exerci e evidentemente não os exercerei", afirmou, acrescentando que "nunca estive envolvido na criação ou representação de quaisquer empresas offshore ao longo de mais de 40 anos de vida profissional, ainda que isso não seja ilegal".

 

    

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