Em causa estão suspeitas de Lagarde ter favorecido o empresário Bernard Tapie, num caso que remonta a 2008. O empresário estava envolvido numa batalha judicial com o banco Crédit Lyonnais, tendo acusado a instituição, que na altura pertencia ao Estado, de o prejudicar devido à venda de uma participação na Adidas.

O processo, aberto a 10 de Maio pelo procurador-geral do Supremo Tribunal de Paris, alega que Lagarde abusou da sua autoridade como ministra das Finanças ao aprovar um pagamento de 285 milhões de euros de fundos públicos a Bernard Tapie.

O empresário avançou para tribunal, mas perdeu o processo, tendo entretanto recorrido da sentença. Contudo, alguns meses mais tarde, Lagarde interveio e levou o caso à arbitragem privada.

O procurador-geral considera que a arbitragem privada não deve ocorrer quando estão em causa interesses públicos. 

Lagarde rejeita qualquer abuso de poder o advogado da actual directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Yves Repiquet, adianta que as buscas enquadram-se na investigação à venda da empresa de equipamento desportivo Adidas ao banco Crédit Lyonnais, acrescentando que "A senhora Lagarde não tem nada a esconder", de acordo com a France Press. “Esta busca vai ajudar a revelar a verdade, que contribuirá para exonerar a minha cliente de qualquer infracção criminal”, adiantou à Reuters o advogado de Lagarde.

Se for acusada, Lagarde arrisca-se a cumprir cinco anos de prisão ou a ter que pagar uma multa de 75 mil euros.

(Notícia actualizada às 12h55 com mais informação sobre o caso)