Notícia
Isabel dos Santos diz que todos os seus negócios foram aprovados por advogados, bancos e reguladores
Citada pela Reuters, empresária angola voltou a negar as acusações de que tem sido alvo e assume que pretende clarificar a sua posição.
23 de Janeiro de 2020 às 17:43
Isabel dos Santos, alvo de uma mega-investigação jornalística internacional, garante que todos os seus negócios são legais e foram aprovados por advogados, bancos, auditores e legisladores. Em declarações citadas pela Reuters, a empresária negou todas as acusações de que tem sido alvo e explicou que pretende clarificar a sua posição.
Esta quarta-feira, a filha do antigo presidente de Angola José Eduardo dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol. Igualmente constituídos arguidos foram Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol: Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA; Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS e Nuno Ribeiro da Cunha, encontrado morto ao final do dia.
Um Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação (ICIJ) revelou no domingo mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de Luanda Leaks, que detalham esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, Sindika Dokolo, que terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano, utilizando paraísos fiscais. De acordo com a investigação deste conjunto de órgãos de comunicação social, entre os quais o Expresso e a SIC, Isabel dos Santos terá montado um esquema de ocultação que lhe permitiu desviar mais de 100 milhões de dólares (90 milhões de euros) para uma empresa sediada no Dubai e que tinha como única acionista declarada Paula Oliveira.
A investigação revela ainda que, em menos de 24 horas, a conta da Sonangol no EuroBic Lisboa, banco de que Isabel dos Santos é a principal acionista, foi esvaziada e ficou com saldo negativo no dia seguinte à demissão da empresária da petrolífera angolana.
Esta quarta-feira, a filha do antigo presidente de Angola José Eduardo dos Santos foi constituída arguida por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol. Igualmente constituídos arguidos foram Sarju Raikundalia, ex-administrador financeiro da Sonangol: Mário Leite da Silva, gestor de Isabel dos Santos e presidente do Conselho de Administração do BFA; Paula Oliveira, amiga de Isabel dos Santos e administradora da NOS e Nuno Ribeiro da Cunha, encontrado morto ao final do dia.
A investigação revela ainda que, em menos de 24 horas, a conta da Sonangol no EuroBic Lisboa, banco de que Isabel dos Santos é a principal acionista, foi esvaziada e ficou com saldo negativo no dia seguinte à demissão da empresária da petrolífera angolana.