Um ex-gestor de portefólios do Soros Fund Management processou a empresa fundada pelo bilionário George Soros em quase 20 milhões de dólares (cerca de 14,7 milhões de euros), por não lhe terem sido pagos prémios de desempenho e comissões, que alegadamente estariam prometidas, avança a Reuters.

Aaron Cowen foi contratado pelo Soros Fund Management, que gere o dinheiro do milionário de origem húngara, de Novembro de 2010 até Julho de 2011, de acordo com o processo, aberto no dia 3 de Julho num tribunal estadual de Nova Iorque, em Manhattan.

Cowen afirma que foi demitido sem justa causa, que nunca recebeu os prémios de desempenho e as comissões devidas, e que a recusa da empresa em efectuar esse pagamento tem provocado entraves no processo de iniciar um novo fundo.

O gestor trabalhou como director de investimentos e gerente de portefólios no SAC Capital Advisors antes de entrar para a empresa de Soros. Inicialmente, conseguiu uma carteira com 500 milhões de dólares de activos, e foi-lhe prometido um salário base de 500 mil euros, além de prémios de desempenho e comissões, de acordo com a acção judicial.

Cowen gerou 34 milhões de dólares entre Janeiro e Julho de 2011, altura em que foi despedido, o que daria direito a uma comissão de 3,9 milhões de dólares, diz a acção judicial, citada pela Reuters. Além disso, as suas ideias também geraram cerca de 30 milhões de dólares de receitas para o fundo de Soros. Ao todo, o ex-gestor exige uma compensação de 20 milhões de dólares.