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Ex-secretários de Estado deverão ser acusados no caso Galpgate
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não acolher o pedido de suspensão provisória do processo para os três ex-secretários de Estado.
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa não acolheu o pedido de suspensão provisório do caso dos três ex-secretários de Estado e ex-assessor do primeiro-ministro que foram constituídos arguidos pelo crime de recebimento indevido de vantagem.
A situação refere-se à aceitação de bilhetes durante o Euro 2016 oferecidos pela Galp, num caso que ficou conhecido de forma coloquial como "Galpgate" e que foi avançado, em primeira-mão, pela Sábado.
Os secretários-de-Estado terão aceitado viagens de avião e bilhetes para ver jogos da selecção nacional no Euro 2016, em França, durante a fase de grupos e na final, que Portugal venceu. O custo destas ofertas foi de 1.040 euros na fase de grupo e 1.710 euros para a final, por pessoa.
Os quatro responsáveis da Galp que foram constituídos arguidos por terem estendido os convites aos membros do executivo.
Foi também constituída como arguida a mulher de Vítor Escária, ex-assessor de António Costa, por ter acompanhado o marido na viagem feita a convite de um executivo da Galp. Foram também constituídos pelo mesmo motivo dois chefes de gabinete de Rocha Andrade e de João Vasconcelos.
Ao todo, a Galp acordou em fazer convites para o Euro 2016 a várias entidades individuais, tendo a operação ascendidos aos 150 mil euros de despesa.