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Casa de luxo de Duarte Lima vendida em leilão por mais de dois milhões
A luxuosa casa de Duarte Lima, que estava a ser leiloada no processo de insolvência pessoal do ex-deputado do PSD, foi arrematada por mais de dois milhões de euros.
No âmbito do processo de insolvência pessoal de Duarte Lima, terminou esta terça-feira, 3 de abril, pelas 15 horas, o leilão eletrónico da casa de luxo do ex-deputado do PSD.
Colocada no site da leiloeira Onefix com um valor-base de 1,96 milhões de euros, acabou arrematada por 2,035 milhões de euros, após um despique final, iniciado às 14:59, quando surgiu uma licitação cinco mil euros acima dos dois milhões de euros oferecidos uma hora antes.
De acordo com as regras do leilão, o fim da sessão só se verificaria após a ausência de licitações nos dois últimos minutos anteriores ou depois da hora-limite. Neste caso, ocorreram ainda seis lances entre as 14:59 e as 15h02 minutos, tendo a oferta final ficado 75 mil euros acima do valor-base.
O apartamento de 501 metros quadrados, situado no 11.º andar de um edifício da Avenida Visconde de Valmor, número 1, em Lisboa, resulta da junção de um T6, com 274 metros quadrados, e um T4 com 227 metros quadrados, dispondo ainda de dois lugares de garagem fechados.
O ex-líder parlamentar do PSD e advogado foi declarado insolvente a 16 de dezembro de 2016, pelo Tribunal da Comarca de Lisboa, após o Novo Banco e a Parvalorem, a "holding" pública que gere os ativos tóxicos do antigo BPN, exigirem a Duarte Lima o pagamento de uma dívida de 31,6 milhões de euros.
Além do apartamento, foram também a leilão várias obras de arte e mobiliário do imóvel - com destaque para um órgão de que Duarte Lima é um tocador exímio -, que pertenciam ao ex-deputado social-democrata, que tinham como valor-base 40 mil euros mas não recebeu uma só licitação.
O desfecho deste leilão aconteceu pouco mais de um mês depois de o Tribunal Constitucional ter voltado a recusar, no final de fevereiro passado, analisar um recurso de Duarte Lima no caso BPN/Homeland, estando iminente a sua prisão para cumprir a pena de seis anos a que foi condenado por burla e branqueamento de capitais - no montante de 47 milhões de euros, num processo relacionado com a aquisição de terrenos no concelho de Oeiras para a construção do Instituto Português de Oncologia com um empréstimo do BPN.
Entretanto, em janeiro, Duarte Lima foi absolvido do crime de abuso de confiança de que estava acusado, alegadamente por se ter apropriado de cinco milhões de euros que pertenciam a Rosalina Ribeiro, assassinada no Brasil em 2009.