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Receita de IMI cai pela primeira vez desde a avaliação geral

Os proprietários reclamaram, pediram reavaliações, e no ano passado conseguiram reduzir a base tributária e, em geral, o IMI entregue nos cofres do Estado, aponta o INE nas suas estatísticas das receitas fiscais conhecidas esta quinta-feira, 10 de Maio.

Bruno Simão
11 de Maio de 2017 às 12:53
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No ano passado o imposto municipal sobre imóveis (IMI) registou uma redução da receita fiscal em 0,8%. É a primeira vez que acontece desde 2012 e da reavaliação geral de imóveis levada a cabo pelo Fisco, que fez subir o valor patrimonial tributário de muitos prédios e, consequentemente, o imposto a pagar pelos seus proprietários.

 

Segundo o INE, esta redução explica-se pelo aumento do número de pedidos de reavaliação do VPT apresentados pelos proprietários e a correcções feitas, precisamente, no âmbito do processo geral de avaliação de prédios. Reavaliações e correcções que o Fisco se viu obrigado a fazer acabaram por contribuir para uma diminuição da base tributável o que fez descer a receita deste imposto.

 

Foi também no IMI arrecadado no ano passado que se reflectiu pela primeira vez a redução da taxa em função do número de filhos, aprovada com o Orçamento do Estado para 2015 (menos 10% para um dependente a cargo, 15% para dois e 20% para três ou mais) e que as autarquias podiam ou não aplicar, mas que mais de 200 optaram por dar aos proprietários de imóveis localizados nos seus concelhos.

 

Contas feitas, diz o INE, o IMI representou, em 2016, 5,4% dos Impostos indirectos. Entre os restantes, o IMI e o imposto do selo foram os únicos que registaram uma redução da receita fiscal arrecadada. Este último, que representou 4,3% dos impostos indirectos, teve uma redução de 2,2% na receita total arrecadada.

 

Já o IMT, a reflectir a recuperação no imobiliário, teve mais 15,3% de receita face a 2015, representando 2,4% do total dos impostos indirectos. No ano passado, lembra o INE, verificou-se um aumento de 18,7% no valor dos alojamentos familiares transaccionados.

 

No geral, no ano passado a carga fiscal diminuiu para 34,4% do PIB, uma descida de duas décimas face aos 34,6% registados em 2015. Esta diferença ficou a dever-se ao melhor comportamento do PIB que se verificou no ano passado e a uma variação positiva da receita, consequência sobretudo dos impostos indirectos (mais 4,5%) e contribuições sociais (também mais 4,5%). Já a receita com impostos directos diminuiu em 1,9%.
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