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Ministros das Finanças do G7 chegam a acordo histórico para IRC mínimo de 15%
Os líderes do grupo das sete economias mais avançadas (G7) conseguiram um "acordo histórico" para obrigar as gigantes da internet a pagarem mais impostos, anunciou Rishi Sunak.
Os ministros das Finanças do G7, reunidos pelo segundo dia em Londres, alcançaram um "acordo histórico" para obrigar as gigantes das tecnologias a pagarem mais impostos, anunciou este sábado o responsável britânico por esta pasta, Rishi Sunak.
At the @G7 in London today, Chancellor @RishiSunak and his counterparts came to a historic agreement on global tax reform that will require the largest multinational tech giants will pay their fair share of tax in the UK. pic.twitter.com/NV9D82T5bX
— HM Treasury (@hmtreasury) June 5, 2021
A proposta agora acordada contempla um imposto mínimo sobre as empresas de 15%, o que "poderá acabar com décadas de competição entre os países para atraírem gigantes corporativas com impostos baixos", refere o DW.
O acordo "garantirá que as empresas certas pagarão o imposto certo nos locais certos", acrescentou o ministro das Finanças do Reino Unido, citado pelo The Independent.
Com este acordo, os europeus terão mais direitos para tributarem gigantes norte-americanas das tecnologias, como a Amazon e Facebook, e definirem um imposto mínimo para o IRC em todo o mundo, sublinha a Bloomberg.
Esta taxa mínima de 15% sobre as empresas é também a proposta formulada pelos Estados Unidos no âmbito das discussões em curso na OCDE e no G20 e que visam criar patamares mínimos globais de IRC para evitar que grandes multinacionais continuem sem pagar impostos sobre as suas operações em vários países por terem domiciliação fiscal em jurisdições mais vantajosas.
O acordo agora definido em Londres poderá constituir a base para um pacto global em inícios do próximo mês, no âmbito da cimeira do G20.
O imposto mínimo global será aplicado apenas sobre as 100 maiores e mais lucrativas empresas do mundo.
Este acordo visa acabar com aquilo a que a secretária norte-americana do Tesouro, Janet Yellen, chamou de "corrida para o fundo do poço que decorre há 30 anos", no âmbito da competição entre países com impostos mais baixos para atraírem multinacionais.
(notícia atualizada às 12:40)