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As retenções de IRS baixam, mas os reembolsos também. Veja quanto vai receber a menos
As alterações às tabelas de IRS em 2023 terão, como consequência, uma redução dos reembolsos que as famílias estão habituadas a receber no início do verão do ano seguinte. A PwC fez várias simulações e em quase todas o cheque do Fisco será menor. Veja o seu caso.
Em 2023 as tabelas de retenção na fonte do IRS vão sofrer alterações, que serão mais significativas a partir do segundo semestre e que terão como consequência aproximar o imposto retido mensalmente aos trabalhadores por conta de outrem e aos pensionistas daquele que efetivamente é devido, em função do rendimento que têm e da sua situação familiar.
O Governo dá, assim, resposta a críticas antigas, de que o Fisco retém mensalmente mais do que deve, e admite mesmo que há ainda caminho a fazer e que continuará a haver acertos nos próximos anos.
Os acertos, porém, têm uma contrapartida: o cheque do reembolso do IRS, que costuma chegar por alturas do verão e das férias, vai também emagrecer, apanhando alguns contribuintes desprevenidos. A PwC fez várias simulações, e a conclusão é que em praticamente todos os casos haverá lugar a uma redução.
Nestes exemplos os fiscalistas da consultora comparam a diferença de acerto anual de imposto considerando as novas retenções na fonte para 2023. Assumem um aumento do rendimento bruto em 2023 de 5,1% - o mesmo que o Governo e os parceiros assumiram no Acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da produtividade, assinado em outubro.
As simulações assumem como deduções apenas as despesas gerais familiares e não incluem, por exemplo, casos em que há pessoas na família com algum grau de incapacidade. Especificidades à parte, porém, é possível ter uma ideia de qual será o reembolso de IRS a que haverá - ou não - lugar em 2024, quando o Fisco proceder às liquidações do IRS e calcular quanto de imposto é que as famílias têm a pagar relativamente a 2023.