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Subida das rendas em Lisboa abranda. Mas preços já cresceram 71% desde 2013
As rendas em Lisboa aumentaram 17% no segundo trimestre deste ano, face ao mesmo período do ano passado, abaixo da subida observada nos primeiros três meses do ano. A comparação em cadeia também aponta para uma desaceleração.
A forte subida das rendas das casas em Lisboa está a abrandar desde o final do ano passado, ainda que os preços continuam a crescer a dois dígitos, em termos homólogos.
Segundo os dados divulgados pela Confidencial Imobiliário esta quarta-feira, 14 de Novembro, entre Abril e Junho deste ano, as rendas na capital portuguesa aumentaram 1,8%, face aos primeiros três meses do ano, o que representa uma desaceleração face aos trimestres anteriores. Isto porque, entre Janeiro e Março, os preços aumentaram 4,6%, já abaixo da subida em cadeia de 7,4% observada nos últimos três meses de 2017.
Na comparação homóloga, a evolução dos preços dos arrendamentos residenciais em Lisboa também traduz um abrandamento, ainda que as rendas continuem a crescer a dois dígitos.
Depois de terem crescido 20% no primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo, as rendas desaceleraram para uma subida de 17% no segundo trimestre. Apesar do abrandamento, este foi já o oitavo trimestre consecutivo em que as rendas em Lisboa cresceram a dois dígitos. A subida mais expressiva, de 22%, foi observada entre no segundo trimestre de 2017.
De acordo com a Confidencial Imobiliário, esta trajectória de subidas colocou as rendas na capital portuguesa em máximos de oito anos, com os níveis agora alcançados a traduzirem um aumento de 38% face a 2010.
Ao longo deste período de oito anos, o nível mais baixo das rendas foi atingido há cinco anos (no segundo trimestre de 2013). Em relação a esse período, os níveis de hoje já representam uma recuperação de 71%.
Na restante Grande Lisboa, as rendas das casas subiram 14% em termos homólogos e 3% em termos trimestrais no segundo trimestre de 2018, crescimentos idênticos aos registados no trimestre anterior.
No total de Portugal Continental, o aumento das rendas foi de 11,2% em termos homólogos, o que também traduz uma desaceleração (em cerca de 1,8 pontos percentuais) face à variação homóloga registada no trimestre anterior.
Em cadeia, a subida foi de 2,4%, também abaixo do registo de 3,6% do primeiro trimestre.