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Mapa: O valor das rendas em todas as freguesias de Lisboa e do Porto

O município de Lisboa é o mais caro do país, enquanto o do Porto é um dos que apresenta os maiores aumentos das rendas. Em três freguesias, os preços dispararam mais de 20%.

05 de Outubro de 2019 às 10:00
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O mercado de arrendamento não dá sinais de desaceleração dos preços. No primeiro semestre deste ano, as rendas voltaram a aumentar mais de 9%, tal como já tinha acontecido na segunda metade do ano passado, e o valor mediano fixou-se em 5 euros por metro quadrado, segundo os dados publicados, esta semana, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ao mesmo tempo, Lisboa e Porto continuam a destacar-se entre as cidades com as rendas mais elevadas.

A capital mantém-se como a cidade mais cara do país para arrendar casa e uma das zonas onde os preços mais sobem. O valor mediano das rendas em Lisboa fixou-se em 11,71 euros por metro quadrado no primeiro semestre, mais do dobro do que foi registado a nível nacional, e um valor que representa uma subida homóloga de 12,7%.

A tendência de subidas foi generalizada a todo o município e não se registou nenhuma freguesia onde os preços tenham diminuído. Santo António é a mais cara, com um valor mediano de 14,12 euros por metro quadrado. Já Santa Clara é a mais barata, com um valor mediano de 8,63 euros por metro quadrado.

Também no Porto a tendência continua a ser de subidas aceleradas, tendo sido um dos municípios onde as rendas registaram as subidas mais expressivas no primeiro semestre. No Porto, a mediana é de 8,33 euros por metro quadrado, o que representa um aumento de 15,5% face ao primeiro semestre do ano passado.

Mais uma vez, não houve qualquer freguesia do Porto onde os preços tenham caído. A união de freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde é a mais cara, com 9,62 euros por metro quadrado, e Campanhã a mais barata, com 6,84 euros por metro quadrado.

Quer numa, quer na outra cidade, não há sinais de desaceleração e há mesmo freguesias onde as rendas dispararam mais de 20%. Em Lisboa, foi o caso de Carnide e Avenidas Novas, onde os valores medianos das rendas subiram 20,5% e 20,1%, respetivamente, para 13,21 euros e 13,16 euros por metro quadrado. Já no Porto, as rendas dispararam 25,3% na União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde.

No mapa em cima pode ver a evolução das rendas em todas as freguesias das àreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Em baixo o número de contratos celebrados nos últimos 12 meses.

Cada vez menos contratos


Ao mesmo tempo que os preços das rendas disparam, são celebrados cada vez menos novos contratos em todo o país. A nível nacional, foram celebrados 71.369 contratos de arrendamento no primeiro semestre, menos 8% do que em igual período do ano passado.

Em Lisboa e no Porto, a quebra é menos acentuada, embora o número de novos contratos também tenha diminuído. Na capital, foram celebrados 6.272 contratos de arrendamento no primeiro semestre, uma quebra homóloga de 5,58%, enquanto no Porto foram celebraods outros 2.941 contratos, menos 5,43% do que no ano passado.

Para a elaboração destas estatísticas, divulgadas semestralmente, o INE opta pela utilização da mediana como referência para o valor das rendas, ou seja, usa o valor que separa em duas partes iguais o conjunto ordenado das rendas por metro quadrado. Isso permite expurgar o efeito de valores extremos que sejam praticados numa determinada zona. Por outro lado, estes valores são obtidos tendo por base os valores das rendas dos novos contratos de arrendamento celebrado no período que está a ser analisado. Os dados referem-se ao primeiro semestre de 2019, mas dizem respeito aos últimos 12 meses.
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