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Preços da habitação aumentaram 8,2% em 2023, com vendas a caírem 18,7%

Por categoria, os preços das habitações existentes aumentaram 8,7%, acima da taxa de variação observada nas habitações novas (6,6%).

Até final de março, as famílias podem com crédito a taxa variável podem pedir ao banco para trocar, durante dois anos, o indexante do contrato pela Euribor a seis meses com desconto.
João Cortesão
22 de Março de 2024 às 11:45
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De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatísca (INE), publicados esta sexta-feira e relativos ao último trimestre do ano passado, em 2023, os preços das habitações vendidas e compradas em Portugal mantiveram uma "trajetória de crescimento", tendo-se registado, no entanto, uma desaceleração, com a taxa de variação média anual do Índice de Preços da Habitação (IPHab) a cair de 12,6%, em 2022, para 8,2%.

Por categoria, os preços das habitações existentes aumentaram 8,7%, acima da taxa de variação observada nas habitações novas (6,6%). A diferença no ritmo de crescimento dos preços das duas categorias de alojamentos, reduziu-se para menos de metade no último ano, passando de 5,2 p.p. em 2022 para 2,1 p.p. em 2023.

Nos últimos três meses de 2023, a taxa de variação homóloga do IPHab foi 7,8%, mais 0,2 p.p. do que no trimestre anterior. Neste período, os preços das habitações existentes aumentaram a um ritmo superior (8,1%) ao das habitações novas (6,9%). 

No conjunto do ano passado, mostram os dados do INE, transacionaram-se 136.499 habitações, por um total de 28 mil milhões de euros. Estes resultados representam reduções de 18,7% e 11,9%, tanto em número como em valor, respetivamente, relativamente ao ano de 2022.

"A redução foi particularmente intensa nas transações de habitações existentes, que registaram taxas de variação de -21,4%, no número e de -16,5%, em valor. Nas habitações novas, observou-se uma redução de 6,1% no número de transações e um aumento de 2,6% no valor", escreve o INE no seu boletim.

Entre outubro e dezembro de 2023 foram transacionadas 34.126 habitações correspondendo a uma redução homóloga de 11,4% (variação de -18,9% no trimestre anterior) e a uma redução em cadeia de 0,4%. Neste período, o valor das habitações transacionadas totalizou 7,2 mil milhões de euros, menos 2,6% face a idêntico período de 2022.

Durante todo o ano passado, o setor institucional das famílias adquiriu 116.752 habitações, por um total de 23,5 mil milhões de euros, o que representa uma redução anual de 19,8% em número e 13,8%, em valor.

Já as aquisições de alojamentos por parte de compradores com domicílio fiscal fora do território nacional (estrangeiros ou emigrantes) diminuíram 3,1%, em número e 1,4%, em valor, tendo sido transacionadas 10.391 habitações, por um total de 3,6 mil milhões de euros.
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