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IVA a 6% para habitação vai ser limitado em função dos preços
O Governo quer baixar o IVA na construção e reabilitação para habitação, mas com limites em função do valor dos imóveis. Medida deverá avançar até ao final da legislatura, mas, para já, não tem data marcada, além de que terá de passar pelo crivo do Parlamento.
As obras de reabilitação e construção de habitação deverão passar a ter sempre IVA à taxa reduzida, de 6%, mas "com limites em função dos preços". A medida está incluída na Nova Estratégia para a Habitação, apresentada esta sexta-feira pelo primeiro-ministro e pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação. A ideia é que seja implementada até ao final da legislatura.
A redução do IVA na construção era uma das propostas do Programa de Governo, que prometia a criação de um "Regime Excecional e temporário de eliminação ou Redução dos Custos Tributários em obras de construção ou reabilitação em imóveis destinados a habitação permanente independentemente da localização em Áreas de Reabilitação Urbana (ARU)".
Uma das medidas aí previstas era, precisamente, a redução do IVA para os 6% nas obras e serviços de construção e reabilitação, bem como o " alargamento da dedutibilidade".
A medida, explicou Miguel Pinto Luz, está ainda "a ser modelada", porque, sublinhou o ministro, "queremos ser justos e que este ganho em IVA seja repercutido, de facto, na baixa de preços para quem compra".
Atualmente, refira-se, o IVA é a 6% para a construção ou reabilitação para habitação a custos controlados ou para arrendamento acessível. Nas ARU o IVA também é a 6%, mas desde outubro do ano passado, com o Mais Habitação, passou a ser apenas para as obras de reabilitação (até aí abrangia também a construção de raíz).
Uma alteração às regras atualmente em vigor, refira-se, terá sempre de passar pelo Parlamento, uma vez que as questões relacionadas com impostos são de reserva de competência da Assembleia da República.