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Seguro solidário com motivos que levam trabalhadores a fazer greve
O secretário-geral do PS, António José Seguro, manifestou hoje solidariedade com os motivos que levam os trabalhadores portugueses a manifestarem-se e aderirem a greves para as quais considera terem fortes razões.
"Compreendo muito bem os motivos que levam os portugueses a manifestarem-se", afirmou hoje António José Seguro, sublinhando que "compete aos trabalhadores" definirem quais "as formas de luta que consideram mais adequadas.
Para o secretário-geral do PS, os trabalhadores "têm fortes razões para se manifestarem" e o Partido Socialista respeita "a independência do movimento sindical".
A greve dos funcionários públicos foi marcada pelas estruturas sindicais do setor como forma de protesto contra novos cortes salariais e de pensões e o aumento do horário de trabalho, entre outras medidas.
António José Seguro falava em Torres Novas, à margem de um encontro com empresários da região de Santarém, no final do qual reafirmou que o PS só está disponível para "um "consenso no parlamento", onde Governo e oposição "apresentam as suas propostas".
Seguro exemplificou com a abstenção na votação na generalidade da proposta do Governo relativamente ao IRC (Imposto sobre Pessoa de Rendimento Coletivo), cuja principal medida é a redução da taxa de imposto dos 25% para os 23% a partir de 2014.
Seguro recordou a "contraposta" do PS "mais orientada para as pequenas e médias empresas que representam mais de 90% do tecido empresarial e empregam mais de 70 % dos trabalhadores portugueses", sugerindo que seja perguntado ao Governo se "está disponível para apoiar a proposta do PS".
Questionado pelos jornalistas Seguro recusou comentar as declarações de António Costa, que na quinta-feira à noite afirmou que o debate quinzenal "é uma invenção estúpida".