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OCDE considera que Portugal tem ainda professores e polícias a mais

A OCDE reconhece o esforço de redução dos gastos com salários, mas refere que existem ainda funcionários públicos a mais na educação e nas forças de segurança, onde é necessário um ajustamento mais substancial.

Bruno Simão
27 de Outubro de 2014 às 09:45
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A conclusão faz de um documento de análise da economia portuguesa publicado esta manhã, 27 de Outubro, pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Segundo relatório, "uma redução ainda maior do número de funcionários públicos poderia reduzir a folha salarial do Estado daqui para a frente".

 

"Em geral, o emprego do sector público caiu 8% desde o início de 2012 e, representando 12,4% da força de trabalho [total nacional] excluindo hospitais e empresas públicas, está agora abaixo da média da OCDE", referem os técnicos da organização dos países mais industrializados do mundo. "No entanto, existem ainda provas de excesso de emprego em áreas específicas, como as forças de segurança e a educação."

 

A OCDE é bastante específica na crítica, notando que Portugal tem 450 polícias por cada 100 mil habitantes, o segundo valor mais elevado da Europa. No que diz respeito à educação, consideram que o tamanho das turmas é ainda pequeno em Portugal, embora, argumentam, o tamanho da turma ser menos importante para o processo de aprendizagem do aluno do que a capacidade do professor.

 

Estas duas classes profissionais têm sido também algumas das mais reivindicativas nos últimos anos contra as políticas de austeridade que lhe são exigidas. Desde o início da crise, os salários dos funcionários públicos já foram cortados várias vezes, tendo também tido um aumento do horário semanal de 35 para 40 horas. Um novo corte mais profundo para este ano foi chumbado pelo Tribunal Constitucional, levando o Governo a recuperar os cortes realizados por José Sócrates.

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