Notícia
Governo só cortou 14% dos contratados a prazo
Executivo comprometeu-se a reduzir 50% dos contratados a termo, mas não conseguiu reduzir nem metade desse objectivo, escreve o “Público”. Mas a redução global de pessoal foi o dobro da exigida pela troika.
O número de trabalhadores com contrato a prazo que saiu do Estado em 2013 foi de 10.330, o que significa que, face ao total de funcionários com este tipo de vínculo que existia no fim de 2012 – 73.603, a redução foi de 14%. Mas o Governo comprometeu-se, no Orçamento do Estado para 2013, com uma redução de 50% no total destes funcionários. A maior redução neste tipo de funcionários públicos ocorreu nas autarquias, escreve o "Público" na edição desta terça-feira, 18 de Fevereiro.
A Síntese Estatística de Emprego Público, que foi divulgada esta segunda-feira, mostra que saíram 49 mil funcionários públicos desde 2011, e 22 mil durante todo o ano de 2013. Desses, quase metade foram funcionários com vínculos precários. Ainda assim, para cumprir a meta inscrita no OE 2013, a redução teria de se cifrar em 37 mil contratados a prazo, ou seja, praticamente três vezes mais do que efectivamente se cortou.
Nas autarquias, a meta de redução esteve mais perto de ser atingida. No final do ano passado, as câmaras passaram a ter 3.815 contratos a prazo, o que contrasta com 6.589 no final de 2012 – uma redução de 42%.
Na Administração Central, o Ministério da Educação registou a maior queda neste tipo de contratos. No total, a redução no Estado central não ultrapassou os 11%.
Por outro lado, tal como escreve hoje o Negócios, apesar de o Governo não ter cumprido a meta de redução de contratados a prazo, cumpriu largamente os objectivos gerais para a redução de pessoal impostos pela troika. Os credores impunham uma redução de 6% nos funcionários públicos desde 2011 (2% em cada um dos três anos), mas, até final de 2013, essa redução já se cifrava em 8,6%.