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Governo conclui negociações sobre aumentos salariais na Função Pública sem ir além dos 0,9%
Ministério do Estado e da Administração Pública dá como concluídas as negociações com os sindicatos sobre a atualização salarial para os funcionários públicos. Aumentos salariais deverão ser "em linha com a inflação". Medida tem um custo de 225 milhões de euros.
O Governo anunciou esta segunda-feira a conclusão das negociações com os sindicatos sobre as atualizações salariais na Função Pública para o próximo ano. Os sindicatos podem ainda agendar uma reunião suplementar, mas o Executivo mantém a atualização salarial prevista de 0,9%, apesar das críticas das estruturas sindicais.
"Esta foi a segunda e última reunião de negociação coletiva [sobre os aumentos na Função Pública], podendo ainda os sindicatos, se assim entenderem, requerer uma reunião suplementar", indica, em comunicado, o Ministério do Estado e da Administração Pública. Caso os sindicatos decidam fazê-lo, "a reunião realizar-se-á no dia 17 de novembro".
Ou seja, além da atualização salarial de 0,9% prevista ("em linha com a inflação"), o Governo quer ainda alinhar remuneração base dos funcionários públicos com o novo valor do salário mínimo nacional, "a definir na Concertação Social" e que "deverá ser de 705 euros", para que nenhum funcionário público ganhe abaixo do salário mínimo.
O Governo informou ainda que a atualização dos salários da Administração Pública em 0,9%, a partir de 1 de janeiro de 2022, "tem um custo de 225 milhões de euros" e representa "a continuidade da política de valorização salarial dos trabalhadores da Administração Pública iniciada na anterior legislatura e prosseguida na atual".
Os sindicatos da Função Pública consideram, no entanto, que o aumento salarial previsto é "insuficiente" e acusam o Governo de manter uma postura "de perfeita surdez em relação àquilo que são as propostas dos trabalhadores".