Os trabalhadores do Estado estão mais velhos. Em final de 2013, a média de idades dos funcionários públicos, da Administração Central, rondava os 45 anos. Mais um ano e cinco meses do que em final de 2010. Se incluirmos nas contas os funcionários das regiões e das autarquias, a média de idade sobe ainda mais, para os 45,3 anos, em Dezembro de 2013.

É nos ministérios da Agricultura, do Ambiente e da Economia que há trabalhadores mais velhos. Já os ministérios da Defesa (militares) e da Administração Interna (polícias) são os mais jovens, com médias de idades a rondarem os 34,4 e os 39,7 anos, respectivamente, de acordo com os dados do Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP), da Direcção-geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), tornados públicos esta segunda-feira.

Mais de metade das saídas explicadas por aposentações

A média de idades tem vindo a subir ao longo dos últimos anos nos serviços do Estado. A ilustrar esta realidade temos por exemplo o indicador que revela que 60,2% do total de saídas das administrações públicas em 2012 e 2013 foi motivado por passagem à situação de reforma ou aposentação. Focando a análise nas administrações regionais e locais, 76,7% das saídas se ficaram a dever à saída para aposentação. Logo de seguida surge a não renovação de contratos a termo, responsável por 36,2% da perda de trabalhadores.

A 31 de Dezembro de 2013, havia 563.595 trabalhadores nas administrações públicas, menos 50 mil trabalhadores do que em 2011 (uma redução de 8%) e menos 22 mil face a 2012 (-3,8%), ultrapassando sempre a meta anual do Governo de redução de 2% ao ano.