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Criação de emprego no Estado acelera
O número de trabalhadores das administrações públicas cresceu 1% em termos homólogos no primeiro trimestre deste ano. Salários totais estão a crescer ou a recuperar 3,7%. Mário Centeno comprometeu-se em Bruxelas a reduzir funcionários.
Os dados divulgados esta segunda-feira, 15 de Maio, pela Direcção-Geral da Administração e do Emprego Público, revelam que há agora 669 mil trabalhadores ou funcionários do Estado, o que face ao trimestre anterior também representa um aumento de 0,8%, "em particular no Ministério da Educação e no sector empresarial do Estado".
Numa altura em que o Governo lança um programa para a resolução de situações precárias, os contratos a prazo voltam a aumentar 5,1% em termos homólogos, embora a um ritmo inferior ao registado em trimestres anteriores.
Entre 2011 e 2015 o emprego no Estado caiu mais de 10%, mas os últimos sete trimestres já revelam subidas homólogas.
O Governo comprometeu-se em Bruxelas a reduzir o número de funcionários públicos, ainda que a um ritmo mais lento. No ano passado o objectivo não foi cumprido.
A dificultar a redução de pessoal está o facto de as aposentações continuarem a um nível historicamente baixo.
Salários pagos aumentam em média 3,7%
Ao mesmo tempo, o vencimento médio da administração pública – lida através do chamado "ganho", que além da remuneração base inclui suplementos – está a registar um aumento de 3,7%, o que será em parte explicado pela anulação dos cortes salariais.
De acordo com a DGAEP, para a evolução deste valor médio, relativo a Janeiro, também contribuiu a "entrada e saída de trabalhadores com diferentes níveis remuneratórios".
Em causa estão os salários brutos, o que não tem em conta os impostos, descontos para a CGA, para a Segurança Social e para a ADSE.
(Notícia actualizada com mais informação às 18:05)