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CGTP: Isabel Camarinha quer salário mínimo de 850 euros

A nova secretária-geral da CGTP, eleita já na madrugada de sábado, considera que não há motivo para não aumentar o salário mínimo nacional para 850 euros.

Isabel Camarinha surge muitas vezes ao lado de Arménio Carlos.
António Cotrim/Lusa
15 de Fevereiro de 2020 às 20:25
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O congresso da CGTP aprovou este sábado por unanimidade a carta reivindicativa para os próximos quatro anos, em que reafirma a "intensificação da luta" pelo aumento dos salários e pela redução do horário para as 35 horas, entre outras matérias. A falar no discurso de encerramento do congresso, Isabel Camarinha avançou que vai lutar por um salário mínimo nacional de 850 euros.

O documento foi aprovado durante o XIV congresso da CGTP, que começou na sexta-feira e termina hoje na Arrentela, Seixal, distrito de Setúbal.

Na carta, cujas reivindicações vão vigorar durante o primeiro e único mandato da nova líder da CGTP, Isabel Camarinha, a central sindical exige "a intensificação da ação e da luta reivindicativa" pela atualização dos salários em 90 euros em 2020 e pela fixação do salário mínimo, "a curto prazo", nos 850 euros.

A redução do período normal de trabalho para as 35 horas semanais e o combate à "desregulação" dos horários laborais, nomeadamente os bancos de horas e os regimes de adaptabilidade, são outras das reivindicações.

Do documento aprovado hoje consta ainda o combate à precariedade e, neste âmbito, os congressistas exigem, entre outros pontos, o fim do alargamento do período experimental de 90 para 180 dias para jovens à procura do primeiro emprego e desempregados de longa duração, uma das últimas alterações à legislação laboral.

Segundo a CGTP, o país "continua a ter a marca da política de direita, particularmente clara na legislação laboral, em que se mantém a caducidade e várias outras normas gravosas como a subversão do princípio do tratamento mais favorável", ou seja, normas "lesivas dos interesses dos trabalhadores".

No congresso foram também aprovadas seis moções, uma das quais apela "à participação massiva dos trabalhadores" nas comemorações do 25 de Abril e nas manifestações do 1.º de Maio que a CGTP vai organizar em todo o país.

Também tiveram aprovação duas resoluções em que se apela ao reforço da sindicalização, definindo como meta 120 mil novas sindicalizações nos próximos quatro anos.
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