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Esquerda quer discutir já subida do salário mínimo
Segundo o Expresso, PCP, Bloco e PAN querem colocar a questão do aumento do salário mínimo na mesa das negociações já este mês, contra a posição dos patrões que invocam a crise provocada pela pandemia para pedir a suspensão dos aumentos. Governo ainda em silêncio.
Apesar de a decisão sobre o aumento do salário mínimo ser normalmente tomada no final do ano, desta vez BE, PCP e PAN querem ver já o assunto discutido nas negociações deste mês, escreve o Expresso na sua edição deste sábado. Segundo o jornal, os patrões não querem nem ouvir falar de aumentos e do lado do Governo não há ainda uma decisão tomada.
O aumento programado para o salário mínimo prevê que se chegue aos 750 euros em 2023, com aumentos negociados todos os anos. Desta vez, em plena crise da pandemia e com a economia em queda, as negociações prometem ser mais difíceis do que nunca, apesar de António Costa ter vindo sempre a garantir que não haverá austeridade.
O Expresso falou com os partidos à esquerda e a postura é a de que, apesar da crise, as empresas estão mais apoiadas e é essencial que os rendimentos não sejam afetados. Ainda que seja possível negociar algum gradualismo, admite o PAN.
Do lado dos patrões, a Confederação do Turismo Português, pela mão de Francisco Calheiros e representando o setor mais afetado pela crise, nem quer ouvir falar em aumentos. E António Saraiva, da CIP, considera que "com a crise que vamos viver, não sei se o tema se irá colocar".
O plano do Executivo era o de que o salário mínimo passasse para os 670 euros em 2021.