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Siza Vieira diz que aumento do salário mínimo “não é questão que se coloque agora”

O ministro da Economia não quer antecipar a discussão sobre o aumento do salário mínimo e afirma que o tema ainda não foi abordado com os partidos de esquerda.

António Cotrim
13 de Agosto de 2020 às 09:59
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A discussão sobre o aumento do salário mínimo vai ter de esperar. Em entrevista ao Observador, o ministro da Economia afirma que essa "não é uma questão que se coloque agora". O tema, acrescenta Pedro Siza Vieira, "não foi sequer objeto de discussão entre o Governo, o PCP, o Bloco de Esquerda, o PEV, o PAN nas conversas que já tivemos a propósito do próximo Orçamento", e que, por isso, "não vale a pena" estar a antecipar o debate.

Outro tema que o ministro considera que "nesta altura não é o mais importante" prende-se com a eventual necessidade de um segundo orçamento retificativo, face ao agravamento das previsões sobre a queda do PIB. Siza sublinha que "os mercados, os observadores, os investidores percebem que Portugal tem uma situação financeira controlada", ressalvando que o país não está "a descontrolar as finanças públicas ou a tomar medidas estruturais que agravam perpetuamente a despesa pública ou a prescindir de receitas que nunca mais se recuperam".

Na mesma entrevista, o ministro enaltece a importância do futuro Banco de Fomento, que já obteve luz verde da Comissão Europeia e do Banco de Portugal. Siza Vieira adianta que a instituição deverá começar a operar "já este ano", e que terá como objetivo conceder crédito a pequenas e médias empresas, intermediado pelo sistema bancário.

O ministro quer que a entidade seja também um apoio para as empresas "que já não são PME, mas que ainda não são grandes empresas". Além destas metas, o Banco de Fomento poderá ainda "assegurar financiamento de longo prazo aos bancos", adianta o ministro. Descartada está, em princípio, a participação da entidade em grandes projetos.

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