Notícia
OE2021: PS invoca argumentos do voto contra de Rio para pedir unidade à esquerda
A líder parlamentar do PS invocou esta quinta-feira os argumentos utilizados pelo presidente do PSD para justificar o voto contra o Orçamento para apelar à unidade das forças de esquerda, embora também advertindo que "negociação não é imposição".
22 de Outubro de 2020 às 22:46
Esta posição foi transmitida por Ana Catarina Mendes no final de uma reunião de duas horas e meia do Grupo Parlamentar do PS com o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, na sala do Senado, na Assembleia da República.
Perante os jornalistas, a presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou que "não surpreende que o presidente do PSD tenha anunciado o voto contra" a proposta de Orçamento do Estado para 2021, cuja votação na generalidade está marcada para o próximo dia 28.
"Rui Rio está contra o aumento do salário mínimo, contra a política de aumento dos rendimentos e das pensões, contra mais proteção social e contra o crescimento do investimento público em cerca de 23%. Devemos fazer a seguinte reflexão: Se fosse a direita a ter a receita para esta crise, seria ou não a da austeridade e do corte?", questionou.
No atual contexto, de acordo com Ana Catarina Mendes, "é então preciso não esquecer que aquilo que uniu a esquerda há cinco anos foi mesmo a rejeição da austeridade".
"Perante um Orçamento bom com uma resposta social-democrata, a esquerda tem de estar unida. Tenho a confiança que esta proposta de Orçamento continuará a ser trabalhada até ao final de novembro e será aprovada à esquerda", declarou.
Interrogada sobre as queixas da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em relação ao atual clima político, falando mesmo em insultos, a presidente do Grupo Parlamentar do PS reagiu: "Nunca pautei a minha vida política por insultos".
"Às vezes, quando alguém não tem argumentos, diz que os outros estão a insultar. Há isso sim críticas a algumas das propostas e à incapacidade que o Bloco de Esquerda muitas vezes releva em reconhecer que houve avanços", contrapôs Ana Catarina Mendes.
A líder da bancada socialista deixou um reparo em relação ao comportamento do Bloco de Esquerda no processo negocial do Orçamento do Estado para 2021: "Uma negociação não é o que eu quero, numa negociação afere-se a possibilidade que existe para que as partes cheguem ao mesmo fim".
Ana Catarina Mendes avançou depois com um exemplo, advertindo que, quando se coloca como ponto base o impedimento dos despedimentos, "não se pode estar a falar de razoabilidade".
"Aliás, a crítica que Rui Rio faz a este Orçamento é por ser de esquerda, com mais despesa social. Portanto, há todas as condições para que prossiga a negociação [à esquerda], mas a negociação não é imposição. Negociar é procurar-se equilíbrios", reforçou.
Confrontada com reparos hoje feitos por deputados socialistas em relação a determinadas dotações da proposta orçamental que consideram insuficientes, caso do setor da justiça, a presidente do Grupo Parlamentar do PS observou que a sua bancada irá apresentar propostas de alteração em sede de especialidade, "como acontece sempre".
"Levantaram-se algumas preocupações - preocupações que todos nós temos e que gostaríamos que fossem ainda mais reforçadas dentro daquilo que é possível, designadamente ao nível dos serviços públicos", respondeu.
Perante os jornalistas, a presidente do Grupo Parlamentar do PS afirmou que "não surpreende que o presidente do PSD tenha anunciado o voto contra" a proposta de Orçamento do Estado para 2021, cuja votação na generalidade está marcada para o próximo dia 28.
No atual contexto, de acordo com Ana Catarina Mendes, "é então preciso não esquecer que aquilo que uniu a esquerda há cinco anos foi mesmo a rejeição da austeridade".
"Perante um Orçamento bom com uma resposta social-democrata, a esquerda tem de estar unida. Tenho a confiança que esta proposta de Orçamento continuará a ser trabalhada até ao final de novembro e será aprovada à esquerda", declarou.
Interrogada sobre as queixas da coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, em relação ao atual clima político, falando mesmo em insultos, a presidente do Grupo Parlamentar do PS reagiu: "Nunca pautei a minha vida política por insultos".
"Às vezes, quando alguém não tem argumentos, diz que os outros estão a insultar. Há isso sim críticas a algumas das propostas e à incapacidade que o Bloco de Esquerda muitas vezes releva em reconhecer que houve avanços", contrapôs Ana Catarina Mendes.
A líder da bancada socialista deixou um reparo em relação ao comportamento do Bloco de Esquerda no processo negocial do Orçamento do Estado para 2021: "Uma negociação não é o que eu quero, numa negociação afere-se a possibilidade que existe para que as partes cheguem ao mesmo fim".
Ana Catarina Mendes avançou depois com um exemplo, advertindo que, quando se coloca como ponto base o impedimento dos despedimentos, "não se pode estar a falar de razoabilidade".
"Aliás, a crítica que Rui Rio faz a este Orçamento é por ser de esquerda, com mais despesa social. Portanto, há todas as condições para que prossiga a negociação [à esquerda], mas a negociação não é imposição. Negociar é procurar-se equilíbrios", reforçou.
Confrontada com reparos hoje feitos por deputados socialistas em relação a determinadas dotações da proposta orçamental que consideram insuficientes, caso do setor da justiça, a presidente do Grupo Parlamentar do PS observou que a sua bancada irá apresentar propostas de alteração em sede de especialidade, "como acontece sempre".
"Levantaram-se algumas preocupações - preocupações que todos nós temos e que gostaríamos que fossem ainda mais reforçadas dentro daquilo que é possível, designadamente ao nível dos serviços públicos", respondeu.