Notícia
Empresários querem menos impostos, mas pedem melhores serviços públicos
Para os gestores das empresas portuguesas o Governo deveria apostar na redução dos impostos. Mas, simultaneamente, deveria melhorar os serviços públicos de saúde, educação e transportes.
O barómetro da Kaizen de Setembro questionou 194 CEO e administradores de médias e grandes empresas nacionais sobre o estado da economia e o Orçamento do Estado para 2019. A principal prioridade da maior parte dos inquiridos é a redução da carga fiscal sobre as empresas, mas grande parte também quer que os serviços públicos sejam melhorados.
46% dos 194 inquiridos consideram que a medida mais importante para o Orçamento do Estado que vai ser apresentado esta segunda-feira, dia 15 de Outubro, passa pela redução da carga fiscal para as empresas. Este é um pedido antigo dos empresários que se queixam de estar sobrecarregados por impostos.
Mas há mais preocupações. 28% dos inquiridos considera que é necessário reforçar o investimentos nos serviços públicos em áreas como a saúde, a educação e os transportes. E 20% considera que é preciso reduzir os impostos para os consumidores. Apenas 1% considera que é necessário aumentar os salários da função pública, uma das medidas que é dada como certa, faltando saber a sua dimensão.
Neste momento, ainda são poucas as medidas que se conhecem que tenham impacto nas empresas. De acordo com o Observador, o Governo pretende dar uma majoração de 20% na dedução à colecta em IRC às PME do interior que reinvistam os seus lucros e vai deixar de considerar malparado (NPLs) os créditos entre empresas detidas pela mesma pessoa. Além disso, segundo o Dinheiro Vivo, as empresas vão deixar de ser obrigadas a pagar o Pagamento Especial por Conta, mas têm de fazer o pedido de dispensa ao Fisco.
Para a maior parte (66%) dos empresários inquiridos pela Kaizen, a diminuição da carga fiscal deveria chegar através da alteração do actual código de IRC, "pois é um potencial obstáculo ao IDE, afectando as decisões de investidores estrangeiros no momento da escolha de investimento no nosso país".
A Conferação Empresarial de Portugal (CIP) tem insistido na redução do IRC e da derrama estadual. Esta última viu o seu último escalão ser agravado no Orçamento do Estado para 2018. A CIP, liderada por António Saraiva, quer que o IRC seja, no máximo, de 19% (actualmente é 21%). Saraiva propôs também a "alocação de uma parcela" da Taxa Social Única (TSU) a uma conta específica de cada empresa, a ser utilizada para financiamento da formação profissional dos seus trabalhadores.
Empresários preocupados com proteccionismo, Brexit e dívida pública
As principais preocupações de 34% dos empresários passam por factores externos como o proteccionismo dos Estados Unidos, o Brexit ou o impacto da crise venezuelana nos preços do petróleo. Ao nível interno, 26% está preocupado com a redução lenta da dívida pública e 15% receia o aumento do endividamento das famílias. O medo perante uma 'bolha' no imobiliário só causa preocupação a 11% dos inquiridos.
Apesar das preocupações, os empresários mantêm-se confiantes da economia portuguesa: o grau de confiança situou-se nos 12,8 pontos (escala de 0 - nada confiante a 20 - extremamente confiante). 56% dos inquiridos acha que as previsões do Banco de Portugal para o PIB (2,3% para 2018, de 1,9% para 2019 e de 1,7% para 2020) vão cumprir-se. 36% consideram que a realidade ficará aquém.
Quase metade dos inquiridos espera que o volume de negócios da sua empresa cresça até 10% nos próximos três anos. E 38% estão confiantes de que esse crescimento será entre 10 a 25%. Para metade esse crescimento não será feito através da expansão para novos mercados. Os que o vão fazer apostam na União Europeia e nos Estados Unidos.
A auscultação foi realizada entre 13 a 19 de Setembro.
46% dos 194 inquiridos consideram que a medida mais importante para o Orçamento do Estado que vai ser apresentado esta segunda-feira, dia 15 de Outubro, passa pela redução da carga fiscal para as empresas. Este é um pedido antigo dos empresários que se queixam de estar sobrecarregados por impostos.
Neste momento, ainda são poucas as medidas que se conhecem que tenham impacto nas empresas. De acordo com o Observador, o Governo pretende dar uma majoração de 20% na dedução à colecta em IRC às PME do interior que reinvistam os seus lucros e vai deixar de considerar malparado (NPLs) os créditos entre empresas detidas pela mesma pessoa. Além disso, segundo o Dinheiro Vivo, as empresas vão deixar de ser obrigadas a pagar o Pagamento Especial por Conta, mas têm de fazer o pedido de dispensa ao Fisco.
Para a maior parte (66%) dos empresários inquiridos pela Kaizen, a diminuição da carga fiscal deveria chegar através da alteração do actual código de IRC, "pois é um potencial obstáculo ao IDE, afectando as decisões de investidores estrangeiros no momento da escolha de investimento no nosso país".
A Conferação Empresarial de Portugal (CIP) tem insistido na redução do IRC e da derrama estadual. Esta última viu o seu último escalão ser agravado no Orçamento do Estado para 2018. A CIP, liderada por António Saraiva, quer que o IRC seja, no máximo, de 19% (actualmente é 21%). Saraiva propôs também a "alocação de uma parcela" da Taxa Social Única (TSU) a uma conta específica de cada empresa, a ser utilizada para financiamento da formação profissional dos seus trabalhadores.
Empresários preocupados com proteccionismo, Brexit e dívida pública
As principais preocupações de 34% dos empresários passam por factores externos como o proteccionismo dos Estados Unidos, o Brexit ou o impacto da crise venezuelana nos preços do petróleo. Ao nível interno, 26% está preocupado com a redução lenta da dívida pública e 15% receia o aumento do endividamento das famílias. O medo perante uma 'bolha' no imobiliário só causa preocupação a 11% dos inquiridos.
Apesar das preocupações, os empresários mantêm-se confiantes da economia portuguesa: o grau de confiança situou-se nos 12,8 pontos (escala de 0 - nada confiante a 20 - extremamente confiante). 56% dos inquiridos acha que as previsões do Banco de Portugal para o PIB (2,3% para 2018, de 1,9% para 2019 e de 1,7% para 2020) vão cumprir-se. 36% consideram que a realidade ficará aquém.
Quase metade dos inquiridos espera que o volume de negócios da sua empresa cresça até 10% nos próximos três anos. E 38% estão confiantes de que esse crescimento será entre 10 a 25%. Para metade esse crescimento não será feito através da expansão para novos mercados. Os que o vão fazer apostam na União Europeia e nos Estados Unidos.
A auscultação foi realizada entre 13 a 19 de Setembro.