O primeiro-ministro disse esta quarta-feira, 16 de Março, que depois de aprovado o Orçamento do Estado para 2016, o Governo vai agora "fazer o trabalho de fundo", prometendo a apresentação do Programa Nacional de Reformas para depois da Páscoa.

António Costa falava aos jornalistas no Parlamento, depois de aprovado o Orçamento do Estado e do debate de preparação para o próximo Conselho Europeu.

O Parlamento aprovou hoje em votação final global o Orçamento do Estado, com os votos do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Verdes. "Abre-se agora uma nova fase muito exigente para o Governo" com a execução do Orçamento, disse Costa, acrescentando depois que a próxima tarefa do Governo é o Plano Nacional de Reformas, um documento que Portugal tem de entregar em Bruxelas juntamente com o Programa de Estabilidade e que serve para responder de uma forma estrutural aos bloqueios da economia portuguesa.

"Agora vamos fazer o trabalho de fundo", afirmou o chefe do Executivo, desvalorizando ao mesmo tempo o Programa de Estabilidade, que "é uma execução do Programa Nacional de Reformas".

Questionado sobre se conta com os partidos à direita para o debate daqueles dois documentos - um desafio que tinha sido lançado pelo líder da bancada do PS durante a sessão de encerramento -, o primeiro-ministro afirmou que o Governo dispõe de uma "maioria que está aberta à contribuição de todos". E desafiou o PSD a libertar-se do passado, destacando a diferença face ao CDS, que "já se renovou" e apresentou propostas de alteração ao Orçamento (ao contrário do PSD).

"A esperança que tenho é que o PSD vença o azedume e o rancor e consiga chegar ao tempo presente", disse o primeiro-ministro.