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PS desafia direita a participar no Programa de Estabilidade

O líder parlamentar do PS, Carlos César, desafiou esta quarta-feira o PSD e o CDS a participar no debate do Programa de Estabilidade, marcado para Abril, ajudando a construir uma política orçamental "mais amiga do crescimento e do investimento".

Miguel Baltazar
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Carlos César afirmou que o PSD "escolheu ficar a olhar para trás" na discussão do Orçamento do Estado que hoje é votado, não apresentar propostas de alteração. "Foi o PSD que ficou a pé mas não de pé", disse Carlos César na intervenção da sessão de encerramento do debate do Orçamento do Estado para este ano.

O líder parlamentar socialista sustentou que o PSD "votou contra mais de 70 artigos idênticos aos do Orçamento de 2015 que eram da sua autoria. Esteve por aqui a votar contra o que concordava, com a mesma leviandade com que se absteve no que discordava".

Apesar disso, o PS quis deixar uma nova oportunidade ao PSD, e também ao CDS, para participar no próximo debate orçamental, que acontece já em Abril, Maio quando o Governo tem de enviar para Bruxelas o Programa de Estabilidade.

"O presidente do Banco Central Europeu não se tem cansado de repetir, há vários meses, que a política monetária do BCE não chega", disse Carlos César, acrescentando que é "cada vez mais imperiosa" uma nova política orçamental europeia menos restritiva e mais flexível, "sem ser perdulária ou permissiva ao endividamento externo".

"Deixamos, por isso, um desafio aos partidos da oposição parlamentar, cuja resposta já poderão dar nos debates próximos do Programa de Estabilidade e do Plano Nacional de Reformas", afirmou Carlos César.


Antes, o líder da bancada parlamentar socialista defendeu o Orçamento do Estado que hoje será aprovado, mas deixou um aviso. "Será a sua boa execução em 2016 a melhor garantia de que poderemos ter e fazer mais e melhor em 2017".

No entanto, defendeu que a orientação para este ano é clara: "uma viragem face à política de austeridade: Cumprir o prometido é a grande marca da política orçamental do governo do PS e actuar nos limites das regras financeiras europeias aplicáveis é um compromisso reiterado na projecção das nossas contas públicas". 

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