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Conselho de Ministros reúne-se esta tarde para discutir Orçamento de 2019

A reunião está marcada para as 14:30, na Presidência do Conselho de Ministros. Assim que terminar os encontros com os partidos, o ministro das Finanças, Mário Centeno, deverá juntar-se aos colegas do Governo.

Bruno Simão/Negócios
09 de Outubro de 2018 às 13:44
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O Conselho de Ministros vai-se reunir esta terça-feira, às 14:30, para discutir o Orçamento do Estado, apurou o Negócios. O encontro deverá ser maioritariamente técnico e o ministro das Finanças, Mário Centeno, deverá juntar-se aos colegas do Governo assim que terminar os encontros com os partidos, que decorrem durante a manhã no Parlamento.

A menos de uma semana de terminar o prazo para entregar a proposta de Orçamento do Estado para 2019, o Executivo está a limar as últimas arestas do documento. Contudo, o encontro marcado para esta tarde poderá ainda não dar os trabalhos por terminados.

Durante a manhã, Mário Centeno transmitiu aos partidos as linhas gerais do documento, bem como os contornos fundamentais do cenário macroeconómico em que este está a ser desenhado. Mas, segundo os partidos, há dossiês que continuam em aberto, como por exemplo os aumentos para a função pública ou as subidas extraordinárias das pensões.

Segundo apurou o Negócios, e confirmaram os partidos, o Executivo está a assumir um crescimento económico de 2,3% para este ano, seguido de um ligeiro abrandamento, para 2,2%, no próximo.

O valor de 2019 representa uma ligeira revisão em baixa face ao que tinha sido projectado em Abril, no âmbito do Programa de Estabilidade, mas mantém-se bem acima da expectativa de instituições como, por exemplo, o FMI. Ainda esta terça-feira, no World Economic Outlook, a instituição liderada por Christine Lagarde reafirmou uma expectativa de crescimento de apenas 1,8% para a economia portuguesa, em 2019.

Quanto à meta do défice, fonte oficial do Governo confirmou esta manhã que será de 0,2% no próximo ano. O esclarecimento surgiu depois de o deputado do PAN, André Silva, ter dito que o ministro das Finanças teria assumido durante a reunião que a meta ficaria "entre 0% e 0,2%". Confrontado, André Silva admite ter-se enganado. Os 0,2% mantêm assim a meta que tinha sido definida no âmbito do Programa de Estabilidade, em Abril.

Sobre o mercado de trabalho, Centeno está a assumir uma meta de 6,3%, apurou o Negócios, seis décimas abaixo da nova previsão para 2018, que é de 6,9% e uma melhoria face aos números de Abril, que apontavam para 7,2%.
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