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PSP quer gravar manifestações de hoje

CGTP e vários grupos sociais concentram-se junto ao Parlamento para protestar contra a votação final global da proposta de Orçamento para 2013.

27 de Novembro de 2012 às 09:34
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Depois de um protesto marcado por actos de violência e das demissões em bloco na direcção de informação da RTP, as concentrações que hoje decorrem à frente do Parlamento para contestar a votação final da proposta de Orçamento do Estado para 2013, poderão vir a ser gravadas pela polícia.

 

Segundo adianta a edição de hoje do “Diário de Notícias”, a Direcção Nacional da PSP pediu ao ministro Miguel Macedo autorização para usar câmaras portáteis para gravar as concentrações, e, deste modo, mais facilmente identificar os autores de eventuais desacatos.

 

Apesar de a CGTP garantir que este será um protesto pacífico, do lado da PSP haverá a convicção de que poderão repetir-se actos violentos, descreve o jornal, que não conseguiu apurar qual terá sido a decisão final do ministro. As imagens próprias teriam ainda por objectivo evitar a necessidade de recurso a materiais alheios para rever o filme dos acontecimentos, como aconteceu no último protesto, e que teve como desfecho a demissão da direcção de informação da RTP, por alegadamente ter facultado o acesso às mesmas sem o conhecimento da administração do grupo.

 

A CGTP partirá hoje às 10 da manhã de três pontos da cidade, contíguos ao Parlamento – Jardim da Estrela, Rato e Santos – para confluir na Rua de São de Bento. À comitiva liderada por Arménio Carlos juntar-se-ão grupos de professores, diversos movimentos sociais, agricultores, reformados e estivadores.

 

Lá dentro, nas galerias, estarão ainda associações de militares e o Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL), segundo a Lusa.

 

Entre os 230 deputados, PSD e CDS darão o seu aval ao Orçamento mais duro da história recente portuguesa. Em causa estão 5,3 mil milhões de euros, que serão conseguidos maioritariamente através do aumento de impostos (nomeadamente IRS), cortes nas pensões de reforma e nos salários da função pública.

 

O objectivo será trazer o défice dos 6% para os 4,5% em 2013.

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