O Governo tem uma "posição comum" sobre a necessidade de descer impostos e "tudo fará para esse fim", mas está limitado pela margem orçamental. Foi a mensagem transmitida esta segunda-feira, 6 de Outubro, pelo ministro Poiares Maduro, que, em resposta a uma questão dos jornalistas, desvalorizou as divergências no seio da coligação sobre as medidas em discussão na preparação do Orçamento do Estado para 2015.

"Eu acho que às vezes em Portugal se faz muita confusão e alguma especulação sobre questões de diferenças de tonalidade e diferenças de ênfase", referiu o ministro, à saída de uma reunião de concertação social, onde apresentou as linhas gerais do próximo pacote de fundos estruturais.

"Se eu dissesse aos senhores jornalistas que todos nós no Governo reconhecemos que a carga fiscal é elevada, que a gostaríamos de diminuir, mas que isso depende da margem que tivemos em termos orçamentais, acho que isto não é diferente de dizer exactamente o mesmo começando pela referência a que temos condicionalismos orçamentais e que será dentro desses condicionalismos orçamentais que iremos procurar encontrar margem para reduzir os impostos. Mas aparentemente em Portugal dizendo a mesma coisa às vezes há interpretações diferentes", sustentou.

Poiares Maduro concluiu referindo que o Governo está unido numa "posição comum" sobre a necessidade de descer impostos, e que "tudo fará" para esse fim, mas dentro da margem orçamental que existir.

"Tal como o senhor primeiro-ministro disse ontem muito claramente, há uma posição comum no Governo que é o reconhecimento de que a carga fiscal é elevada, que todos gostaríamos de poder diminuir essa carga fiscal, que tudo faremos para esse fim, que dependerá da margem orçamental que tivemos e isso só podemos saber quando tivermos todos os números sobre a mesa", concluiu.