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Obrigações portuguesas deverão ultrapassar as irlandesas, aponta Bank of America
Em Portugal e na Irlanda, num contexto pós-resgate, as dívidas estão atrativas, diz o Bank of America. Contudo, a mesma instituição vê melhores perspetivas para Portugal.
O Bank of America prevê que, entre a dívida portuguesa e a irlandesa, as obrigações nacionais levem a melhor.
A previsão, citada pela Bloomberg, acrescenta que o Banco Central Europeu deverá continuar a investir em Portugal à medida que as obrigações vão atingindo a maturidade. Em oposição, a Irlanda poderá sentir o impacto de futuros desenvolvimentos no processo do Brexit.
Os governos europeus começaram o ano com várias emissões de dívida, e Portugal e Irlanda não foram exceção. As obrigações emitidas por estes dois países, unidos pela experiência do resgate financeiro que ambos já superaram, destacaram-se por se verificar uma procura bastante superior à oferta.
Por cá, na última quarta-feira, dia 9 de janeiro, o IGCP concretizou uma emissão sindicada de dívida a 10 anos (maturidade em Junho de 2029), tendo colocado 4 mil milhões de euros junto de investidores, aceitando pagar um juro com um "spread" de 112 pontos base e uma taxa de juro abaixo dos 2%. O livro de ordens fechou com uma procura de 24 mil milhões de euros, o que representa quase cinco vezes o montante emitido.
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai regressar ao mercado já esta quarta-feira, 16 de janeiro, para fazer uma emissão de curto prazo. Em causa estão dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro (BT) com maturidade entre cerca de seis meses e um ano.