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Nuno Amado admite subida do rating de Portugal este ano

O presidente do Millenium BCP, Nuno Amado, admitiu melhoria no rating do país ainda este ano se a dívida começar a descer e o PIB continuar a crescer num nível elevado.

Chineses passam a 'dominar' BCP: Depois de anos à procura de um novo accionista de referência, o BCP atraiu a Fosun para o seu capital. O grupo chinês aproveitou a pressão sobre o banco para se tornar no seu maior accionista, com um investimento de apenas 175 milhões e deixando para trás a Sonangol. Em breve, a Fosun deve chegar a 30% do BCP. A entrada dos chineses ditou a saída do Sabadell, grupo espanhol que era parceiro histórico do banco de Nuno Amado que preferiu sair do BCP.
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22 de Maio de 2017 às 15:18
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"Se este ano o produto [PIB] continuar a crescer a um nível mais elevado do que a perspectiva das entidades internacionais, e a probabilidade é grande que isso aconteça, e em simultâneo, haja o início de uma redução clara do sentido (...) da dívida publica, eu creio que (...) seria possível fazer este ano [a melhoria da avaliação]", disse.

 

Depois de anunciada a recomendação da Comissão Europeia para a saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), Nuno Amado indicou que este é "um dia bom para todos", mas que se deve pensar no futuro e garantir uma "rede de segurança adequada para o país, para os bancos, para a economia, para as empresas".

 

Na opinião do presidente do BCP devemos continuar "a trabalhar em conjunto para uma melhoria sustentável do produto e uma redução da dívida para que as entidades de rating alterem a avaliação", argumentou o banqueiro, em declarações aos jornalistas.

 

No final da conferência "Crescimento da Economia Portuguesa: Mitos e Realidades", organizada pelo Millennium bcp, Nuno Amado referiu que "sem ser uma empresa de rating, mas dialogando com elas" nota que se apenas uma das condições [crescimento ou diminuição da dívida] se efectivar, "não será fácil" a mudança de rating.

 

Escusando-se a comentar política, o líder do BCP argumentou caber à "parte política orientar os investimentos públicos, que têm de ser muito inferiores aos do passado para as áreas com maior eficiência para a economia".

 

"E não podemos aumentar a despesa pública novamente depois deste esforço enorme para a diminuir, para não haver depois uma carga no sector privado, e haver condições que não são concorrenciais", disse.

 

Nuno Amado notou que o mais importante é que no futuro as políticas públicas possibilitem ao setor privado "investir, progredir e criar emprego".

 

Para o banqueiro, o país deve contar com um sector privado, "competente, em concorrência, diversificado, como o sector financeiro, para apoiar a economia".

 

A canadiana DBRS é a única, entre as quatro principais agência de rating, a não considerar Portugal como 'lixo'.

 

A Comissão Europeia recomendou hoje ao Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) o encerramento do PDE aplicado a Portugal desde 2009.

 

Bruxelas defendeu que Portugal deve garantir que a correcção do défice excessivo é duradoura e que "serão necessárias mais medidas a partir de 2017" para cumprir as regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento (PEC).

 

Portugal terá, assim, de "prosseguir o seu esforço orçamental em linha com as exigências do braço preventivo do PEC, o que implica um esforço orçamental substancial em 2018", acrescentou o executivo comunitário

 

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