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Ministro da Economia diz que fiscalidade não afasta investidores estrangeiros
Manuel Caldeira Cabral, em entrevista à TSF, diz que o que preocupa as empresas não é "mais 0,1 em taxas de imposto", mas sim "ter condições de trabalho em Portugal".
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Numa semana que poderá ser determinante para a passagem do Orçamento do Estado em Bruxelas e em que o Governo admite medidas extraordinárias sobre os sectores da banca, automóvel e combustíveis para convencer a Comissão, o ministro da Economia defende que os níveis de fiscalidade do País não afastam nem atraem o investimento estrangeiro em Portugal.
"Não vemos estas empresas estarem preocupadas com mais 0,1 em taxas de imposto, isso é o que não as preocupa. O que as preocupa é ter condições de trabalho em Portugal", argumenta Manuel Caldeira Cabral em entrevista à TSF difundida esta quarta-feira.
"Não são os níveis de fiscalidade que dissuadem ou atraem estes grupos internacionais. O que os atrai é o acesso a estas condições de trabalho e de competitividade que Portugal pode oferecer", acrescenta, especificando entre elas a infra-estrutura tecnológica, mão-de-obra qualificada, ausência de burocracia e confiança no sistema político e público.
De acordo com aquela rádio, o ministro refere que "os investidores estão a confiar no país" e na "capacidade de o Governo alterar o processo de consolidação, mudando o rumo da austeridade, e fazer uma política que mantém contas públicas saudáveis mas permite espaço para o investimento privado".
As declarações de Caldeira Cabral foram feitas no dia em que o Governo assina com a francesa Mecachrome Aeronáutica o contrato de investimento daquela empresa em Évora, que ascenderá a mais de 30 milhões de euros para criar 300 postos de trabalho e beneficiará de "incentivos do Estado negociados através da AICEP e outros baseados no fundos comunitários".