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INE deverá comunicar défice de 6,6% do PIB
O Instituto Nacional de Estatística (INE) deverá hoje notificar Bruxelas de um défice orçamental de 6,6% do PIB em 2012, um valor muito acima do objectivo inicial que começou nos 4,5% do PIB, e que compara com um défice de 2011 de apenas 4% (conseguido à custa da transferência dos fundos de pensões da banca).
O valor de 2012, adiantado pela primeira vez pelo Governo há duas semanas, é influenciado por várias operações extraordinárias que, segundo Vítor Gaspar, deverão deixar o défice orçamental "corrigido de medidas pontuais" nos 6% do PIB, um valor que compara com os 7,4% registados em 2011 quando ajustados ao impacto destes medidas, de onde se destaca a transferência de fundos da banca.
O Executivo tinha esperança e insistiu com o Eurostat para que as autoridades europeias considerassem o encaixe com a concessão da ANA como uma receita a abater ao défice, num montante de 1.200 milhões de euros, o que baixaria o défice para valores inferiores a 6% do PIB. O défice do ano passado também terá siso afectado negativamente por duas operações financeiras de grande dimensão: a recapitalização da CGD e perdas do BPN.
O INE também divulgará amanhã os valores de fecho de ano para o desempenho macroeconómico da economia portuguesa dos vários sectores institucionais, o que inclui, por exemplo, os contributos das empresas, famílias e Estado para as necessidades de financiamento do país ou para a evolução do investimento, das remunerações entre outras variáveis.