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Governo empurra custos do complemento salarial anual para 2018

Ministros aprovaram Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Custos do rendimento extra que vai ser criado deslizam um ano. Programa eleitoral previa impacto orçamental já em 2017.

Bruno Simão/Negócios
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O Governo vai avançar com o Complemento Salarial Anual para os trabalhadores com baixos rendimentos, mas o seu impacto orçamental vai acontecer apenas em 2018. No programa que levou a votos, o PS previa que este complemento tivesse um custo para o Orçamento de quase 400 milhões.

O anúncio foi feito pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, esta sexta-feira, 21 de Abril, no final do Conselho de Ministros que aprovou o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas.

O governante começou por dizer que o complemento salarial anual tem "efeitos a partir de 2018". Questionado sobre se este calendário constitui um adiamento por um ano da aplicação deste rendimento extra para os trabalhadores, o ministro das Finanças adiantou que este figurino "não tem nenhuma alteração face ao Programa de Governo". "Os efeitos materiais em termos orçamentais é desfasado um ano", justificou Mário Centeno.   

No entanto, no programa eleitoral que levou às legislativas de 4 de Outubro, o PS já contava com uma perda de receita em 2017, estimada em cerca de 400 milhões de euros.

O ministro disse ainda que o modelo deste complemento que ainda vai ser criado ainda não está fechado. 
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