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Franceses compram antigo Hospital da Marinha por 18 milhões

Apenas quatro dos 19 edifícios que o Estado levou a leilão tiveram comprador. A maior fatia dos 22 milhões de euros arrecadados veio da venda do edifício do antigo Hospital da Marinha, com sete pisos.

Bruno Simão/Negócios
08 de Abril de 2016 às 17:28
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O antigo Hospital da Marinha (na zona de Santa Engrácia, em Lisboa), foi esta sexta-feira, 8 de Abril, vendido por quase 18 milhões de euros, depois de ter sido licitado a partir dos 12 milhões. Este foi um dos quatro imóveis do Estado hoje arrematados em hasta pública.

As antigas instalações do Hospital da Marinha, com sete pisos e com uma área bruta privativa de 14.980 metros quadrados, teve mais de 30 disputas e foi arrematado por 17.936.500 euros.

Segundo a organização da Semana da Reabilitação Urbana (no âmbito da qual decorreu a hasta pública), o imóvel foi adquirido por um investidor privado de origem francesa.

Do lote de 19 edifícios que foram à praça, 15 ficaram por vender. Mas os quatro alienados (dois em Lisboa, uma casa em Cascais e um terreno para construção em Setúbal) colocaram 23,4 milhões de euros nos cofres do Estado. 

A hasta pública foi promovida pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças, em Lisboa, compreendendo imóveis com diferentes localizações e com um valor base de licitação agregada de 20,2 milhões de euros.

Nesta hasta, estavam integrados imóveis localizados nos distritos de Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa e Setúbal, dos mais diversos usos, dimensões e valores de licitação.

Ainda no concelho de Lisboa, foi alienado um edifício na freguesia da Misericórdia, propriedade do Instituto do Emprego e Formação Profissional, por 2,9 milhões de euros, tendo-se mantido o valor base de licitação.

Já no concelho de Cascais, uma casa de rés de chão, 1.º e 2.º andares com uma área bruta privativa de 140 metros quadrados, propriedade do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro, foi licitada pelo valor base de 363 mil euros e arrematada por 379 mil euros.

Para além destes três imóveis, foi vendido um terreno para construção com 19.859,63 metros quadrados no concelho de Setúbal, com uma proposta de compra por 2.225.100 euros, mais 100 mil euros do que o valor base de licitação (2.225.000).

Estas quatros imóveis ficaram "provisoriamente adjudicados" aos interessados compradores, uma vez que durante a hasta pública não houve qualquer direito de preferência das Câmaras Municipais em que se localizam as propriedades.

Os outros 15 imóveis do Estado que não foram arrematados dizem respeito a uma casa, no concelho de Montemor-o-Velho, em Coimbra, com o valor base de licitação de 165 mil euros; quatro escritórios no mesmo edifício, em Évora (479 mil euros); uma moradia em Évora (750 mil euros); seis escritórios no mesmo imóvel, em Faro (600 mil euros); duas moradias geminadas, em Faro, propriedade do Instituto de Gestão Financiamento da Agricultura e Pescas (241 mil euros); um armazém em Leiria, propriedade do Instituto da Vinha e do Vinho (360 mil euros); e dois edifícios com utilização independente, em Setúbal, por 135.860 euros.

A iniciativa integrou o programa da III Semana da Reabilitação Urbana, que decorre até sábado, na Sociedade de Geografia de Lisboa.
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