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Financiamento público até outubro foi negativo em 8,6 mil milhões de euros

Evolução, que tem vindo a espelhar-se nos excedentes do saldo, reflete um valor de emissões líquidas de títulos negativo em 15,2 mil milhões de euros.

O comércio a retalho e a reparação de automóveis foram os setores cujos pagamentos mais aumentaram – 14 pontos percentuais e um ponto percentual, respetivamente.
José Manuel Ribeiro/Reuters
21 de Dezembro de 2023 às 12:10
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O financiamento das administrações públicas prosseguiu até outubro em terreno negativo, atingindo -8,6 mil milhões de euros, indica nesta quinta-feira nota estatística do Banco de Portugal (BdP)

 

Esta evolução, que tenderá a espelhar a situação excedentária do saldo orçamental ao longo de 2023, compara com um financiamento líquido negativo de 900 milhões de euros em igual período do ano passado (ano que culminou com um défice de 0,3% do PIB).

 

Os dados do BdP indicam que, até outubro, a gestão do financiamento do Estado amortizou mais títulos de dívida do que aqueles que emitiu, com um resultado negativo de 15,2 mil milhões de euros em emissões líquidas.

 

Em outubro, assinala a nota, destacou-se a amortização de uma obrigação do Tesouro (9,4 mil milhões de euros). "Em contrapartida, o financiamento acumulado das administrações públicas através de empréstimos líquidos de depósitos foi de 6,6 mil milhões de euros".

                                                                                    

A evolução negativa do financiamento indica que, desde o início do ano e até ao final do terceiro trimestre, as administrações públicas reduziram as necessidades de financiamento junto do exterior, dos bancos e de outros sectores residentes.

 

Assim, o fluxo negativo com o exterior era de 10,2 mil milhões de euros até outubro, "através da amortização de títulos de dívida pública portuguesa detidos por não residentes e da aquisição de títulos emitidos por não residentes, principalmente, pelos fundos de segurança social".

 

O financiamento junto dos bancos também era negativo em 7,6 mil milhões de euros, "através da amortização de títulos de dívida pública que se encontravam em carteira destas instituições e do aumento dos depósitos".

 

"Em contrapartida, os outros sectores residentes, com destaque para as famílias, financiaram as administrações públicas em 9,2 mil milhões de euros, sobretudo através da aquisição de certificados de aforro", reflete o BdP.

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