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Peso do endividamento da economia diminuiu para 320,3% do PIB no primeiro semestre

Rácio do endividamento da economia caiu por força com um crescimento do PIB mais forte. Mas, em termos nominais, a dívida continua a subir e atingiu novo recorde. Junho foi o sexto mês consecutivo em que se verificou um aumento nominal no endividamento. Maior parte da dívida diz respeito ao setor privado.

DR
23 de Agosto de 2023 às 11:24
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O endividamento da economia (administrações públicas, empresas e particulares) encolheu para 320,3% do produto interno bruto (PIB) no primeiro semestre, segundo os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). O valor compara com o endividamento de 331,9% do PIB registado no final de 2022.

Este é o valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2008. Segundo o banco central, o rácio da dívida caiu tanto no setor público como no privado. No caso do setor público, o peso do endividamento diminuiu de 146,9% para 144,8% do PIB. Já o endividamento do setor privado passou de 185% para 175,4% do PIB.

A descida do rácio do endividamento foi impulsionada por uma maior subida do PIB. "No primeiro semestre de 2023, o crescimento mais elevado do PIB que do endividamento originou uma evolução dos indicadores do endividamento do setor não financeiro, em percentagem do PIB, contrária à observada para os valores nominais", explica o BdP.

Em termos nominais, o endividamento da economia voltou a aumentar nos primeiros seis meses do ano. Os dados do BdP indicam que a dívida das administrações públicas, empresas e particulares aumentou 12,9 mil milhões de euros no primeiro semestre, atingindo um novo recorde, nos 806,9 mil milhões de euros.


Junho foi o sexto mês consecutivo em que se verificou um aumento no endividamento da economia. Do total de 806,9 mil milhões em junho, 442 mil milhões de euros diziam respeito ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 364,9 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

No caso do endividamento do setor público, houve uma subida de 13,4 mil milhões de euros, sobretudo, junto dos particulares (10,6 mil milhões de euros), devido "essencialmente pelo investimento das famílias em certificados de aforro", e junto das administrações públicas (5,9 mil milhões de euros). "Em contrapartida, o endividamento do setor público junto do exterior diminuiu 4,3 mil milhões de euros", nota o BdP.

Já o endividamento do setor privado teve uma redução de 0,6 mil milhões de euros em junho. No caso das famílias, a dívida caiu 0,7 mil milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro (0,8 mil milhões de euros). Por outro lado, o endividamento das empresas privadas aumentou 0,1 mil milhões de euros: "0,3 mil milhões de euros perante o setor financeiro, que foi parcialmente compensado por uma redução de 0,2 mil milhões de euros junto dos particulares".

(Notícia atualizada às 11:41)
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