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Empresas públicas exigem mais de 4 mil milhões em 2015
Dívida à banca que se vence em 2015 obriga a dotações de capital nas empresas públicas de mais de 2,5 mil milhões de euros em 2015. Já os empréstimos do Tesouro ultrapassarão os 1,5 mil milhões.
O Governo prevê em 2015 injectar nas empresas públicas reclassificadas, ou seja dentro do perímetro de consolidação das contas públicas, mais de quatro mil milhões de euros, entre aumentos de capital e empréstimos.
De acordo com a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, entregue esta quarta-feira no Parlamento, o Executivo prevê realizar em 2015 dotações de capital em numerário de cerca de 2.554,49 milhões de euros, de forma "a assegurar o pagamento à banca da dívida com vencimento em 2015, bem como a prossecução das actividades de investimento de interesse público".
No documento, e relativamente às empresas públicas não financeiras, foi prevista a concessão de empréstimos, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) a essas empresas, no montante de 1.508,78 milhões euros para fazerem face a necessidades decorrentes da sua actividade.
Já a conversão da dívida destas empresas ao Estado em capital social, com o objectivo de reequilibrar as contas, está prevista atingir no próximo ano 2.232,4 milhões de euros.
Entre as empresas públicas reclassificadas contam-se a Estradas de Portugal, Refer, metros de Lisboa e Porto e CP.
Já as empresas públicas que se mantêm fora do perímetro do Estado (não reclassificadas), entre as quais Carris e a STCP, vão exigir no próximo ano a concessão de financiamentos do Estado, através da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, no montante de cerca de 147,99 milhões de euros.
Um valor que, refere o Governo, "permitirá a estas empresas assegurarem o refinanciamento da divida bancária e prosseguir com a execução do investimento de interesse público, dando continuidade à política de contenção do endividamento das empresas públicas".
Do universo destas empresas, o Executivo salienta, pela sua dimensão, a dívida das empresas Carris e STCP, que ascende a 797,6 milhões e 409,7 milhões de euros, respectivamente.